Herança singular

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 Havia certa vez um pai que, na velhice, estava acompanhado somente de uns poucos filhos, dos muitos que havia criado.

Um dia, ele os reuniu e disse:

– Meus filhos, com quanta pena os reúno hoje, pois era meu desejo que todos escutassem minha última vontade.

– Pai – interrompeu um deles, que havia pouco tinha regressado ao seu lado, – não vos aflijais por meus irmãos; eles não merecem vossa recordação.

Eu lhes insinuei a conveniência de voltar, e eles não o fizeram.

– É verdade – disse outro –; por serem ingratos, merecem ser esquecidos.

– E se voltarem, afastai-os de vosso lado – insinuou um terceiro.

– Eles perderam todo direito a vossos bens – acrescentou, persuasivo, o quarto.

– Deserdai-os! – disse o quinto.

– Pai – disse o sexto –, eu sei que eles vos difamaram e vituperaram. Deserdai-os, e ainda renegai aquele que roubou parte de vosso patrimônio.

– Eu creio que deveis fazer vosso testamento em nosso favor; para que nada caiba a eles – interveio o sétimo.

Outros mais falaram coisas néscias, até que, por fim, um dos que haviam permanecido em silêncio expressou:

– Pai, eu creio que meu irmão tem razão: fazei vosso testamento, para que eu possa conhecer minha parte e auxiliar, por minha vez, a meus irmãos extraviados, legando-a a eles, a quem eu ofereceria com isso a oportunidade de reconhecer suas faltas e de amar-vos como eu vos amo; então, eu conseguiria que se arrependessem e venerassem vosso nome.

Vários filhos, acompanhando esse pensamento, assentiram, expressando que fariam o mesmo.

O pai, comovido, respondeu, voltando-se para os primeiros:

– A vocês deixo por herança meus sentimentos de egoísmo, rancor, ira, desprezo e intolerância, que somam grandes emolumentos; para aqueles que se afastaram de mim, deixarei minhas paixões e meus vícios: eles vagarão até perderem tudo quanto tem, até mesmo seus nomes; e para vocês, meus filhos – disse, apontando os últimos-, deixo meu coração cheio de amor e de sentimentos altruístas, e minha mente pura, cheia de sabedoria e justiça. Agora, cada um conhece sua parte. Essa é minha herança.

Logosofia – maiores informações: Centro de Difusão e Informação de Logosofia de Nova Iguaçu – CDIL NI – Endereço: Rua Paulo Fróes Machado, 58 sala 502 (ao lado da rua dos cartórios) – Centro de Nova Iguaçu – Telefones: (21) 2767-9713 (terças e quintas feiras de 18:00 às 20:00 e (21) 9645-60246 – visite o site www.logosofia.org.br

 

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