*Célio Junger Vidaurre
Fontes seguras de informações garantem que a operação Lava-Jato, hoje de cunho nacional, chegará aos Estados e Municípios mais rápido do que prevê a van filosofia dos que torcem para que ela se ocupe, apenas, dos casos nacionais e, jamais, revolvam as falcatruas existentes nos Municípios, pois, nos casos de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí não haverá cadeia suficiente para acomodar os gentis responsáveis pela enormidade das suas “pedaladas”, ao mexerem nos valores de obras pequenas, executadas a custos astronômicos.
Nessa Região Metropolitana em que o COMPERJ em Itaboraí ficou parado por falta de verbas federais e, principalmente, pelas roubalheiras denunciadas no curso da execução das obras, quando viu-se que, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, volta e meia aparecia na mídia, ora almoçando com Prefeitos da região, ora nas manchetes policiais dos grandes jornais que publicavam o megaempresário da construção civil, em variados momentos, nos requintados restaurantes de Niterói ou nos gabinetes dos Chefes dos Executivos. Todavia, isso, já é matéria no âmbito Federal da Lava-Jato.
O que falta é o que aconteceu durante o governo de Sergio Cabral. O que a Construtora Delta promoveu de prejuízos na reforma do Maracanã, nas licitações da Saúde, etc.etc, são fatos que culminaram com o escândalo dos “Guardanapos de Paris”. Outra calamidade fraudulenta foi que essa mesma Delta começou a construir em Niterói. Começou e não acabou. A Ponte que liga Piratininga ao Jardim Imbuí – no Tibau, ficou por um preço exorbitante, ou seja, com os valores informados construiriam mais cinco Pontes da mesma envergadura. O que o Prefeito, na ocasião, fazia com o dono da Delta em restaurantes, também precisa ser esclarecido.
No festival promovido pelos governantes da região, não havia idéia do que estava por vir a passos largos. Tanto não havia, que o atual Presidente do PT fluminense, senhor Quaquá, que é Prefeito reeleito de Maricá, está preparando uma filha de Lula, Lurian, aquela que Fernando Collor descobriu na campanha eleitoral de 1989 e que como moradora de São Paulo mudou-se para Camboriú-SC e, recentemente, pousou em Maricá para dizer àquele povo que ama a cidade desde criancinha e irá ou iria disputar a Prefeitura daquela cidade. Claro que o povo de Maricá não merece façanha tão ridícula. Não é para acreditar, mas é verdade. Daqui a pouco é bem capaz de termos que aguentar Ideli Salvatti, Benedita da Silva, Rosemary Noronha, Jandira Feghali e Elenice Guerra. Esperem só!
E o progressista município de Itaboraí, sede do COMPERJ, tendo um Prefeito que desde o início de sua administração está às voltas com o MP e o Judiciário, quando, certa vez, foi até afastado do cargo. Ainda, por ser homem de confiança do deputado Eduardo Cunha, vai ter que explicar direitinho aos investigadores da Lava-Jato o tamanho de suas falcatruas. O rombo promovido naquele Município pelo gestor que a população elegeu, Helil Cardoso, vai deixar os itaboraienses perplexos.
E quando os investigadores perceberem o tamanho da trama que foi a aquisição pela Águas de Niterói da distribuição que pertencia a CEDAE e como foi operada a megatransação. Como está sendo construído o túnel Charitas/Cafubá e por que esse Presidente do PT fluminense vive “cantando de galo” nos meios de comunicação. Finalmente, por que Sergio Cabral anda escondido, só conversando sorrateiramente com o diabólico Jorge Picciani? Não tenham dúvidas, a PF e o MP vão deitar e rolar. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura!
*Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político. Publica seus artigos em 11 jornais diários e 16 semanários, do RJ.