Não sobrará, ninguém

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*Célio Junger Vidaurre

Agência O Globo

Com essas anunciadas delações de executivos da Odebrecht e de inúmeros políticos e outros empreiteiros, chega-se à conclusão de que o juiz Sergio Moro (foto) está deixando toda essa gente em “polvorosa”, com grande perspectiva de serem presos pelos variados crimes que cometeram. No conceito de hoje, muito diferente do de ontem, quanto mais rico é o político criminoso mais tempo ficará na cadeia. Só Marcelo Odebrecht completará dois anos no xilindró após ter acordado uma delação para melhorar seu tempo na prisão.
Quem diria que o chamado homem que já deteve a proeza de ser o oitavo mais rico do mundo, Eike Batista, seria recolhido a prisão sem saber quando sairá de lá. O ex-governador Sergio Cabral, cada dia que passa, mostra ao Brasil que tão cedo não voltará para casa. Vai roubar assim lá na “Cochinchina”. Pelo andar da carruagem, não há previsão a curto prazo para que o ex governante seja liberado, nem tão pouco sua mulher Adriana Anselmo. Que goelas!
Sergio Moro e Marcelo Bretas não querem saber se o político criminoso é governador, senador, deputado, executivo rico, muito rico, ou até presidente ou ex-presidente. Com esses Juízes, ladrões de qualquer espécie não tem vez. E olha que o cara para melhorar a sua situação, tem que entregar todos os seus comparsas e as provas materiais dos crimes. Pior é que ainda tem colunista social de Niterói noticiando com foto que Zeca Mocarzel, o grande parceiro de Jorge Silveira, está em Miami em grandes comemorações com amigos em restaurante badalado. Muita gente achava que ele estava sumido, morando em Portugal.
A grande questão em Brasília é saber quem não está envolvido em corrupção nos governos Lula/Dilma depois que acabaram com a Petrobras, Infraero e outras grandes instituições do País. Jamais se roubou como agora. Confirmada a delação de Sérgio Cabral, os brasileiros terão a oportunidade de perceber a quantidade de larápios que ronda a nação, sobretudo, em nosso estado. Com essa gente não há Pré-Sal que resista. E os chamados magnatas da ALERJ estão de orelha em pé. Cabral abrindo o “bico” não sobrará “esperto” solto.
Sérgio Cabral, o ex menino pobre do subúrbio carioca, filho de uma professora primária e de um jornalista torcedor do Vasco, armou um esquema de corrupção abastecido pela Odebrecht e outras construtoras com milhões depositados em sete países para esconder os valores arrecadados. Na última denúncia, Cabral tornou-se réu pela sexta vez. A força-tarefa da Lava-Jato vem destrinchando o papel dos doleiros intermediários de Sérgio. Juca Bala e Claudio Fernando, sócios no Uruguai, já estão presos, como também Renato e Marcelo Chebar.
O momento político no Brasil é tão deprimente que os ministros do STF decidiram que um candidato pode ser processado por receber propina disfarçada de doação legal. Acreditam os ministros que seria uma das formas de dar aparência lícita a recursos obtidos de forma ilegal. Como acreditar numa campanha política de um Jader Barbalho, de um Renan Calheiros, de um Jorge Picciani para se eleger e ainda eleger seus dois filhos? Como Sérgio Cabral elegeu o seu filho “almofadinha” para o cargo de deputado federal. Na verdade, os magistrados Sérgio Moro e Marcelo Bretas estão acabando com a farra desses corruptos e, melhor, no próximo pleito, já se sabe que poderão surgir bons nomes, gente limpa para se votar. Vamos, mesmo que aos trancos e barrancos, levar o país para outros caminhos.
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*Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político, publica seus artigos em 11 jornais diários e 16 semanários, do RJ.

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