Os tempos mudaram

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*Célio Junger Vidaurre

160125 H42A partir das eleições municipais deste ano começarão a serem adotadas as novas regras que proíbem doações de empresários, com pouco tempo para as campanhas. Além disso, as mudanças terão eleitores com outras cabeças, após o acompanhamento de todos os acontecimentos recentes em que um grande número de cardeais da política encontra-se na cadeia ou a caminho dela. Certo mesmo, é que esses eleitores que chegam a 2016 traduzem uma profunda decepção com essa classe política dominante. Nesse governo de 13 anos dos petistas a vida dos brasileiros piorou, o desemprego aumentou, os empresários estão desesperados e os eleitores estão perplexos com o custo de vida.
Vai ser muito difícil convencer alguém que irá exercer o direito de votar a escolher esse ou aquele candidato, pois, são tantas décadas de decepções que, este ano não será igual àqueles que passaram e os candidatos terão também muitas desilusões. Ou será que essas corriolas de prisioneiros ainda vão ser votados e homenageados pela população brasileira? Acho que não!
De qualquer forma, alguma coisa mudou depois do surgimento do Juiz Sérgio Moro, de Curitiba, que, como todos sabem, engaiolou vários ladrões do erário. Os caras contratam grandes advogados, mas, não conseguem sair do xilindró. Aliás, desta feita, quanto mais rico que seja o empresário ou o político, mais tempo ele ficará preso. Os tempos mudaram. Marcelo Odebrecht, Zé Dirceu, Delcídio Amaral e outros, que o digam!
Voltando ao pleito de 2016, a falta de lideranças em todos os âmbitos é de estarrecer. Não surge nos municípios, nos estados e nem em Brasília um nome em que se pode pensar nos próximos pleitos. Parece que essa situação deprimente em que vivemos ficará reduzida como vem ultimamente ocorrendo, ou seja, os pais colocando seus filhos que não deram certo em nada na vida, na política, através de votos comprados.
Mais lamentável é que encaixam os filhos e continuam também com cargos políticos. Só que, depois da Operação Lava-Jato, quando se percebeu o mundo de dinheiro que foi distribuído nas últimas eleições, viu-se que, de agora em diante, a coisa será diferente. Aquelas figurinhas protegidas pelos papais vão ter que partir para outra, o dinheiro fácil vai faltar e, aí, como angariar votos? Por certo, esses filhinhos de papais vão ter que começar a trabalhar de fato em outro ramo. Ou acham que os filhos de Renan Calheiros, de Zé Dirceu, de Jader Barbalho e de outros, vão continuar com esta vida mansa.
Aqui no Rio de Janeiro a coisa está feia, essa falta de liderança persiste há algum tempo. O Prefeito da Capital indica para seu sucessor um deputado que agrediu a mulher e ficou sem condições de se apresentar ao povo. Em Niterói, então, as opções são inexistentes. Para a Prefeitura os candidatos são sempre os mesmos e para Câmara de Vereadores ninguém consegue desbancar a bancada da Engenhoca. São décadas em que o Legislativo Municipal é comandado pela turma do simpático bairro e seu entorno. Na cidade, parece que os moradores estão se unindo para dizer não aos políticos. Qualquer tipo de eleição no município o desânimo do eleitor é o mesmo. Ninguém quer votar em ninguém.
Quem está fora não entra e quem está dentro não sai!

*Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político. Publica seus artigos em 11 jornais diários e 16 semanários, do RJ.

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