Quem lucra com as atividades ilegais?

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*Miguel Lucena

Quem vê a movimentação de prostitutas em Brasília, principalmente em prédios de quitinetes, pode pensar que se trata de uma atividade individual pela garantia da sobrevivência. Não deixa de ser, mas o que está por trás da exploração do corpo de mulheres é o crime organizado.
Antes concentrada na Asa Norte, a prostituição se espalhou por todos os quadrantes do Distrito Federal, sendo visível em localidades como Sudoeste, Taguatinga e corredores da Praça dos Três Poderes.
As garotas de programa, como preferem ser chamadas, são trazidas de várias partes do País e alojadas em quitinetes alugadas por agenciadores que usam a fachada de agências de modelos.
Curioso observar que grande parte dos investimentos vem de Goiânia, berço do que pode se chamar de máfia organizada nos moldes das famílias italianas.
A Imprensa noticia, com destaque, casos de cafetinas famosas, mas não menciona quem aufere a maior parte dos lucros.
O tráfico de drogas acompanha a prostituição, que disfarça a outra atividade ilícita numa espécie de venda casada do programa sexual com a carreira de cocaína.
De acordo com dados do Escritório da ONU contra Drogas e Crimes o comércio ilegal do crime organizado registra ganhos anuais de mais de US$ 2 trilhões.
Este número equivale a cerca de 3,6% de tudo o que se produz e é consumido no planeta em um ano, ou a quatro vezes o PIB da Argentina e quase dez vezes o da Colômbia.
O relatório do GFI foi elaborado a partir de 12 atividades ilegais, sendo estas as cinco primeiras:
1º Narcotráfico: US$ 320 bilhões
2º Falsificação: US$ 250 bilhões
3º Tráfico humano: US$ 31,6 bilhões
4º Tráfico ilegal de petróleo: US$ 10,8 bilhões
5º Tráfico de vida selvagem: US$ 10 bilhões

*Miguel Lucena é delegado da Polícia Civil do DF e jornalista.

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