A importância da autoestima durante o tratamento do câncer de mama

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Em Nova Iguaçu, além de recuperar o físico, as pacientes recuperam a autoestima
Em Nova Iguaçu, além de recuperar o físico, as pacientes recuperam a autoestima

Enfrentar o diagnostico de um câncer de mama é uma das tarefas mais difíceis enfrentadas por uma mulher. Os passos seguintes após o decobrimento da doença podem abalar a auto estima feminina, principalmente quando é preciso fazer mastectomia, procedimento de retirada da mama. De acordo com especialistas este procedimento abala a paciente e pode resultar em uma depressão ou outros problemas psicológicos. Para resgatar a autoconfiança, cidades da Baixada Fluminense oferecem tratamentos através de programas de saúde.

Muitas das mulheres submetidas à mastectomia perdem parte do movimento do braço, e não conseguem realizar tarefas simples, como pentear os cabelos. A fisioterapia atua tratando ou prevenindo as sequelas da mastectomia: linfedema, diminuição da amplitude de movimento do braço homolateral a cirurgia, escápula alada, alteração postural, entre outras.

A cinesioterapia auxilia na recuperação de movimentos após a mastectomia
A cinesioterapia auxilia na recuperação de movimentos após a mastectomia

Em Nova Iguaçu, a Policlínica Dom Walmor oferece uma modalidade de fisioterapia que consiste em dar suporte físico e mental a pacientes que se submeteram a cirurgia de câncer de mama. O tratamento consiste em sessões de drenagem linfática manual, enfaixamento e exercícios localizados.

Segundo a fisioterapeuta Clarice Santana, as pacientes entram no ambulatório com a autoestima bem baixa. “Percebo que elas chegam desanimadas e fragilizadas diante de todo tratamento que não é fácil, mas quando percebem a melhora das alterações iniciais ficam motivadas em retomar suas atividades de vida diária”, contou. Ainda segundo a profissional, a amizade criada entre as pacientes auxiliam também nessa recuperação. “O ambulatório de fisioterapia em mastologia oncológica se tornou uma família e as pacientes criam uma rede de amizade e compartilhamento de vivências que transformam a vida de quem faz parte desse ambulatório”, complementou Clarice.

Para Clarice, o trabalho na Policlínica vai além do tratamento físico. “Procuramos estimular nossas pacientes, para que retomem os cuidados com a beleza (vaidade feminina), procurem seus direitos, voltem a estudar, se valorizem enquanto mulher, e aproveitem a nova chance que Deus deu para elas”, informou. Ainda segundo a fisioterapeuta, suas pacientes são bem alegres e grandes exemplo de vida. “Quem passou por isso pode voltar a sorrir e acreditar que a vida é pra ser vivida intensamente”, finalizou .

Para agendar a primeira avaliação, é necessário ter encaminhamento do mastologista, ginecologista ou oncologista e ser morador de Nova Iguaçu. A  Policlínica Dom Walmor funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Dom Walmor, 234 – Centro de Nova Iguaçu.
Auxílio nos municípios

Em Japeri, existe o Programa Saúde da Mulher. Nele, é oferecido o atendimento de psicólogos e assistentes sociais, que acompanham o tratamento de todos os pacientes inscritos, através de visitas e consultas. O objetivo da ação é acompanhar a evolução do quadro de saúde dessas mulheres e melhorar a autoestima de cada uma.

Já em Belford Roxo, as mulheres podem procurar auxílio na Clínica da Mulher. O local possui um setor destinado a fisioterapia mamária, consulta com psicólogos, acupuntura e tratamento aurículo para mulheres em tratamento contra o Câncer de Mama.

Em Paracambi, o município possui o programa Roda de Terapia que ajuda na autoestima das pacientes da cidade. Mais informações pelo telefone (21) 2683-9100.

 

Histórias de superação

Assim como a maioria das mulheres, Juciara Nascimento, de 46 anos, descobriu o câncer de mama, após fazer o auto exame. E foi na fisioterapia mastológica que recuperou a alegria de viver. “Fui encaminhada quando estava fazendo radioterapia. Aqui todos os dias compartilhamos histórias. Aqui estão sempre colocando a nossa alto estima lá em cima”, garantiu. Para ela, o diferencial desse tratamento é ter a qualidade de vida. “Ja obtive grandes resultados, meu braço diminui bastante em comparação ao início”, contou Juciara.

A consultora de beleza Fabiana Sampaio de 37 anos é mãe de dois filhos. Sempre vaidosa, quando viu o cabelo  cair adotou perucas e lenços ao seu estilo. “Quando comecei a químio, o cabelo caiu e adotei perucas e lenços com bom humor na certeza de que é apenas uma fase”, contou a Fabiana. Ela relembra que não deixou de ser vaidosa nem no momento de realizar a mastectomia radical com esvaziamento de axila em março desse ano. “Fui pra sala de cirurgia maquiada”, lembrou. Para Fabiana, o segredo é ter fé. “Temos que acreditar que Deus pode ajudar. E principalmente se amar. Algumas pessoas falam coisas que nos deixam para baixo. Isso não devemos ouvir”, revela.

No auge da adolescência, a auxiliar de serviços gerais, Joelma Ali, de 44 anos suspeitou durante o banho de um caroço na mama esquerda. “Fui a seis médicos e todos falaram que não era nada, porque meu corpo ainda estava se formando. Que era coisa de mocinha”, lembra ela, que continuou ouvindo durante anos que não seria nada. “Quando engravidei a minha doutora falou que o caroço desapareceria durante a amamentação. Mesmo assim continuei indo anualmente ao mastologista”, contou Joelma. Em 2001, o caroço passou a doer. “Doía quando alguém me abraçava ou durante o banho quando passava o sabonete. Em 22 de março de 2001 recebi a noticia que era uma displasia mamária. Descobri que poderia virar câncer através de uma amiga”, relembrou a paciente.

Oito meses após o diagnóstico de displasia mamária, Joelma recebeu a confirmação do câncer de mama. “Ouvi de muitos que não era nada por eu só ter 30 anos. Uma médica pediu exames mais detalhados e me deu a confirmação”, narrou. Joelma operou a mama esquerda e fez um ano de quimioterapia no antigo Hospital São José, em Mesquita. “Conhecia algumas meninas que já estavam fazendo fisioterapia na Dom Walmor, vi de perto o amor que nossas doutoras tem por nós. Isso não tem preço”, contou a paciente. Joelma está em tratamento há quase 14 anos e para ela, suas fisioterapeutas fazem o diferencial. “Estou com essas profissionais há quase dez anos. Estou aqui com muita alegria e sem murmurar”, brincou Joelma.

A auxiliar de serviços gerais saiu do emprego para se dedicar ao trabalho voluntário. Em 2012, iniciou como voluntária da Cruz Vermelha. Hoje, ao lado de um grupo de amigas, visita mulheres que estejam muito debilitadas. “Nas ações sociais via muitas amigas tristes. Formamos um grupo para fazer as que não podem sair de casa. Compramos lembrancinhas para poder brincar e levar um pouco de alegria”, contou Joelma. “Por nós falarmos a mesma língua  tudo fica, mas fácil. Nós entendemos a necessidade que nossa amiga está passando”, declarou.

Em uma das atividades como voluntária, Joelma se deparou com o pré-conceito de uma mãe que não sabia como lidar com a doença da filha. “Em uma palestra que fiz vi uma mãe que em pleno século XXI ainda acha que câncer é contagioso. Ela colocou a filha para fora de casa, pois acreditava que a doença contaminaria toda a família”, relembra a voluntária. Joelma deixa um recado para quem está enfrentando o câncer de mama. “Todas que estão passando ou irão passar por isso precisam saber que um dia iremos morrer, mas enquanto não morremos, vamos curtir a vida”, disse ela. ”Eu falo que já era linda, e agora estou mais linda ainda. Me formei como técnica de enfermagem e faço quatro tipos de massagem”, finalizou.

 

Palestra na Câmara Municipal

A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu realiza nesta segunda-feira, (26), uma palestra para chamar a atenção sobre a importância de prevenir o cancer. Inserida nas ações do Outubro Rosa o debate, intitulada “Câncer de mama é preciso falar sobre isso”, acontecerá às 14h. A Câmara fica na Rua Prefeito João Luiz do Nascimento, 38, Centro de Nova Iguaçu.

 

Rotary Club Nova Iguaçu faz alerta sobre a doença

 

 Cláudia Valéria(dir), Wahibe Zaaitar (meio) e Marlene Almeida organizaram o evento
Cláudia Valéria(dir), Wahibe Zaaitar (meio) e Marlene Almeida organizaram o evento
A passeata do Rotary Club Nova Iguaçu reuniu dezenas de mulheres
A passeata do Rotary Club Nova Iguaçu reuniu dezenas de mulheres

 

 

 

 

 

 

 

Na quinta-feira (22), a presidente do Rotary Club Nova Iguaçu Leste, Wahibe Zaaitar realizou um encontro para comemorar o Outubro Rosa. Foram ministradas palestras de Combate e Prevenção ao Câncer de Mama, consultas médicas, sorteio de kits de beleza e alimentos, entre outras atividades, na Associação de Médicos de Nova Iguaçu. O evento foi encerrado com uma passeata que percorreu o Calçadão e terminou na Praça Rui Barbosa, onde soltaram balões de cor rosa, para chamar a atenção sobre a doença.
A 9ª edição do evento contou com a colaboração de diversas empresas, além do Laboratório Dr. Emerson, que ofereceu exames de mamografia para as participantes. Alunas do curso de medicina da Unigranrio de Caxias abordaram o tema “Como prevenir o câncer de mama”. A ginecologista, Cátia Aquino Gomes, uma das organizadoras do encontro, ofereceu consultas médicas gratuitas.

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