Ato final: Orlando Orfei morre aos 95 anos

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Orfei com uma de suas leoas, no circo, aos 70 anos, em 1990 Foto: Marco Antônio Teixeira/19-09-1990
Orfei com uma de suas leoas, no circo, aos 70 anos, em 1990
Foto: Marco Antônio Teixeira/19-09-1990

Será enterrado hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, o corpo do artista Orlando Orfei, um dos maiores nomes do circo mundial. Fundador do Circo Nazionale D’Itália e do Tivoli Park, Orfei morreu na noite de sábado (1º), no Hospital do Coração de Duque de Caxias, onde estava internado em coma induzido desde o dia 16 de julho. O artista italiano tinha 95 anos e deixa a mulher e seis filhos. O sepultamento está marcado para as 16h.
Orlando Orfei é da quinta geração de uma família circense. A tradição começou em 1820, quando o bisavô dele, que era padre, largou a batina por amor. Orlando Orfei nasceu cem anos depois, em 1920, na Itália, e começou no circo aos cinco anos de idade, como palhaço. Também foi equilibrista, malabarista, mágico e domador.
O artista veio ao Brasil no final da década de 1960, para o Festival Mundial do Circo, e se apaixonou pelo país. Em 1969, inaugurou o Circo Nazionale D’Itália, em São Paulo, e, em 1972, fundou o Tivoli Park, no Rio de Janeiro. Durante duas décadas, o Tivoli foi um dos parques de diversões mais famosos do país.
Ainda nesse ano, Orfei decidiu procurar uma base para a implantação da sede latino-americana para as duas empresas. E escolheu Nova Iguaçu, por estar no eixo Rio São Paulo e perto do Tivoli Park.

 

Ligação com Nova Iguaçu

Em 2010, o artista recebeu das mãos do vereador Carlos Moreira o título de Cidadão Iguaçuano
Em 2010, o artista recebeu das mãos do vereador Carlos Moreira o título de Cidadão Iguaçuano

Orlando Orfei foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) em Guayaquil, no Equador, mas conseguiu recuperação total. Ainda naquele ano, sua ligação com Nova Iguaçu ficou ainda mais forte quando ele decidiu morar na cidade. Em 2011, o artista foi tema do enredo da Escola de Samba Palmeirinha no carnaval iguaçuano.
O artista passou os últimos anos de vida ao lado da família e amigos, numa casa, no Bairro da Prata, em Nova Iguaçu. Orfei sofria de Alzheimer, mas estava sempre bem disposto e quando perguntavam para ele sobre seu estado de saúde, ele sempre respondia: A saúde vai bem. Estou muito bem.
Orfei coleciona uma série de homenagens. Foi recebido pelos Papas, Pio XII, Paulo XVI e João Paulo II. Mas foi o Papa João XXIII, que ao recebê-lo cinco vezes disse-lhe, – Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo a alegria às famílias cristãs.
Foi condecorado pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia, é cidadão honorário. Recebeu o titulo de Cidadão Carioca pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano, por Nova Iguaçu, em 2010.
Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural, da Cultura, em 2012.
O artista italiano viveu do circo e para o circo. Em uma das últimas entrevistas, feita em 2012, fizeram a pergunta ‘O que você faria se o circo não existisse? “Eu inventava o circo”, ele respondeu.

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