
Foto: Ivan Teixeira
Praticidade, preço e comodidade têm levado um número cada vez maior de pessoas a fazer compras por meio da internet. Entretanto, o que deveria ser uma compra fácil e prática está se tornado um pesadelo na vida da população da Baixada Fluminense, que não recebe as encomendas no período previsto. Esta semana o Jornal de Hoje flagrou dezenas de moradores da região esperado em uma fila extensa para pegar suas mercadorias com atrasos na entrega,na Central de encomendas da agência dos Correios, no Centro de Nova Iguaçu.
Algumas pessoas chegam na agência cedo, antes das 8h,início do funcionamento, para garantir o lugar na fila, já que a espera chega até 7 horas. Entre a maioria dos clientes, as principais queixas são de atrasos na entrega, extravio e perda de encomendas. A contadora Scheila Araújo, de 38 anos, mora no Centro de Nilópolis e contou que comprou uma sanduicheira nas Lojas Americanas, em novembro no ano passado. Segundo ela, o frete pago foi mais caro para que o produto chegasse em três dias úteis e evitar demora na entrega. Após vários contatos com o vendedor e a agência dos Correios, a contadora recebeu um e-mail informando que o produto não seria entregue na sua casa porque o local é considerado área de risco. “Acho um absurdo isso! Quase dois meses de espera, para dizerem que resido em área de risco? Eu moro na Avenida Mirandela, a principal via do município de Nilópolis. Onde está o perigo ali?”, disse a mulher revoltada e em tom irônico.

Foto: Ivan Teixeira
A estudante de comunicação social, Gabriele Nascimento, de 25 anos, vive um grande transtorno. A moça comprou dois itens em um site de material esportivo no final de dezembro. Um dos produtos chegou e o outro ainda não tem um prazo de recebimento. “ Fiquei acompanhando com o código de rastreio pelo o site dos correios. No dia 5 deste mês postaram uma mensagem informando que a encomenda estava saindo de Benfica para o CCE de Nova Iguaçu. Ainda não sei onde meu pedido está. Paguei por produto a vista e nem tenho previsão de quando irá chegar”, desabafou Gabriele.
Em resposta, a assesoria de imprensa dos Correios informou que “as áreas de restrição de entrega porta a porta de encomendas são estabelecidas com base em levantamentos realizados pelo setor de segurança da empresa. Conforme a nota, essa medida é temporária e devido ao início de um novo ano, a ideia será reavaliada periodicamente. “O objetivo da restrição seria de proteger os carteiros, os clientes e a carga postal. Durante o período de restrição, os clientes irão receber um comunicado para buscar a sua encomenda em uma unidade dos Correios mais próxima da residência do comprador. O modelo de entrega em áreas com restrição é informado à pessoa no ato da postagem nas agências e também aos clientes com contrato – entre eles as lojas virtuais.”
A informação sobre restrição também está disponível no sistema de cálculo de preços e prazos, no site dos Correios.