
Fundado em 2 de outubro de 1971, o Jornal de Hoje completou 44 anos nesta sexta-feira. Buscando acompanhar a modernidade do mundo atual, o Diário da Baixada já é lido na internet, através do site e do Facebook, e aposta no audiovisual, com a publicação de vídeos diários sobre as principais notícias da região.
A história, porém, deve ser sempre lembrada. Uma parceria entre o Jornal de Hoje e o Instituto Interdisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) irá digitalizar todas as mais de 11 mil edições já publicadas pelo periódico. O trabalho está sendo realizado no Centro de Documentação e Imagem (CEDIM), coordenado pela professora Maria Lúcia da Silva Alexandre. Segundo ela, esta união entre a instituição e o diário mais antigo da Baixada Fluminense tem como objetivo reunir fontes sobre temas e períodos variados da história.
“Já era uma ideia antiga conseguir formar o Centro de Documentação para trabalhar exclusivamente a região. Essa é uma demanda antiga, os professores que trabalham com o tema ‘Baixada Fluminense’ sempre tiveram que correr atrás por conta própria atrás de informações”, contou a coordenadora do CEDIM.

O desejo da digitalização do arquivo do Jornal de Hoje partiu do diretor-executivo Walceyr Almeida. “Quero realizar esse trabalho para aproveitar as transformações que a informação está proporcionando à população como um todo. Estamos na era da informação e a mídia impressa não vai acabar”, disse Walceyr, filho do fundador Valcir Almeida.
A digitalização de todo o arquivo do Jornal de Hoje será feita por um scanner importado da França e considerado um dos mais modernos do mercado. Maria Lúcia explica a máquina irá gerar documentos em PDF, em alta resolução, que poderão ser acessados para pesquisa. “Estávamos só esperando o scanner chegar para fazer um trabalho de alta qualidade para o Jornal de Hoje. Vamos sistematizar o jornal ano a ano para quem quiser vir realizar consultas”, disse a professora.
Após a digitalização do material, o próximo passo será criar o serviço de busca onde os pesquisadores poderão encontrar arquivo pela data de publicação e palavra chave, como é feito na Hemeroteca da Biblioteca Nacional. Maria Lúcia garante que a dedicação do CEDIM valerá a pena. “A demanda é muito grande. Não é um trabalho para hoje ou amanhã. É um processo demorado, mas que será satisfatório”, garantiu.
Centro quer ser referência em pesquisa sobre a Baixada
A coordenadora do Centro de Documentação e Imagem, Maria Lúcia da Silva Alexandre, revela que pesquisas sobre a região se tornam difíceis por conta dos arquivos estarem desalinhados. “Infelizmente as informações estão fora da Baixada Fluminense. Muitas estão em arquivos do Estado ou até privados”, lamentou.
Um dos objetivos do Centro é ser referência em pesquisa sobre a Baixada Fluminense. “A ideia principal do CEDIM é constituir acervos documentais digitalizados para fazer fundos onde pesquisadores e pessoas da região em geral tenham um local acessível para investigar e consultar o acervo”, contou a professora. “Pouco a pouco estamos tentando disseminar a ideia que somos um local onde se pode fazer esse tipo de trabalho. Assim como estamos fazendo com o Jornal de Hoje”, informou Maria Lúcia.
“É com imensa satisfação que cumprimento o JORNAL DE HOJE por mais um aniversário. São 44 anos mantendo nossa Cidade bem informada. Durante décadas, o JORNAL DE HOJE vem reunindo profissionais competentes, uma referência em jornalismo, não só na Baixada Fluminense como em todo o Estado.
É impossível falar do JORNAL DE HOJE e não lembrar de seu fundador, o saudoso amigo e jornalista Valcir Almeida, que ousou e acreditou no poder da informação. Parabéns, JORNAL DE HOJE! E que venham boas notícias”,
Nelson Bornier, Prefeito de Nova Iguaçu.