As fortes chuvas que caíram esta semana, e devem permanecer até a próxima, em diversas regiões do Brasil e no Rio de Janeiro, principalmente na Baixada Fluminense,deixou vários municípios em estágio de alerta e vigilância. De acordo com as prefeituras da Baixada, não houve registros de situações graves como deslizamentos e resgates, mas em diversos partes dos municípios foram registrados alagamentos, deixando ruas repletas de lama impedindo a passagem de pedestres e motoristas. As cidades de São João de Meriti, Duque de Caxias e Itaguaí seguem em estado de alerta em máximo. Bairros do Rio de Janeiro estão em estágio de atenção, devido à ocorrência de chuva forte nos limites da Zona Norte e o Centro da cidade. Em Madureira, na Zona Norte do Rio, devido às fortes chuvas que caíram na cidade, duas casas desabaram na manhã de ontem. O corpo de bombeiros esteve no local e não há informação de feridos.
Em Petrópolis, na Região Serrana, ocorreram dois deslizamentos na manhã da sexta-feira (15). Na Avenida Noêmia Alves Rattes, no bairro Posse, e na Estrada União Indústria, próximo ao bairro Areal, houve deslizamentos atingindo as vias, que ficaram parcialmente interditadas. Segundo a Secretaria de Proteção e Defesa Civil, as chuvas moderadas a fortes da respectiva madrugada não geraram ocorrências graves.
Temporal nos estados
Outros estados do Brasil estão em estágio de emergência. São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul foram os mais prejudicados. Boa parte do interior de São Paulo e do Paraná está sofrendo com as chuvas incessantes que caem sobre as cidades desde a última segunda-feira (11). A tempestade deixou diversas pessoas desabrigadas, estradas foram interditadas, pontos turísticos alagados e postos de saúde sem atendimentos, além de outros danos materiais. Até o Estádio do Morumbi chegou a ficar com água até os travessões.
Em São Paulo, a Defesa Civil declarou estado de emergência desde a noite de segunda-feira (11), quando o alto volume de chuvas que atingiram a cidade desde o fim da última semana provocou o transbordamento de diversos rios, como o de Piracicaba. Na Rua do Porto, região central do município, um dos principais pontos turísticos da cidade, famílias tiveram que ser removidas de suas casas e proprietários de restaurantes instalados às margens do manancial começaram a recolher móveis e equipamentos na manhã de ontem, temendo novas cheias, que atingiram também o parque da Rua do Porto, em Piracicaba.
Os municípios de Guapiara, Sumaré, Águas da Prata, Pompéia e Itapecerica da Serra, também estão em estágio de emergência. Em Águas da Prata, os cinco rios que atravessam a cidade transbordaram: Ribeirão do Quartel, Fartura, da Prata, Ribeirão da Prata e Córrego da Platina. Nos três primeiros, oito pontes sofreram danos, assim como a proteção do leito dos rios. Cinquenta famílias foram atingidas pela enchente, mas todas já voltaram para casa.
Outro município que enfrenta problemas com as chuvas é Juquitiba, no interior de São paulo. A cidade também decretou estado de emergência, onde há bairros afetados no Distrito dos Barnabés (no início da Serra do Cafezal) e ocorreram 15 desmoronamentos que afetou 15 famílias. Na área existem cerca de 100 pontos de escorregamento que interditaram 20 estradas e acessos aos bairros mais distantes, além de mais de 30 pontos de alagamento, alguns intransitáveis. Ainda foram rompidas pelo menos três represas nos bairros Barnabés, Juquiázinho e Senhorinhas, onde duas pessoas estão desaparecidas.
Na região Centro-Oeste do país, o estado de Mato Grosso do Sul está em estado de calamidade. A região tem um terço dos municípios em situação de emergência. Das 79 cidades, 28 alegam situação grave. De acordo com último balanço da Defesa Civil estadual no final da sexta-feira (15), cerca de 70 mil pessoas foram atingidas pela chuva. Em Taquarussu, a Defesa Civil estadual e a prefeitura começaram a entregar kits de emergência, com cesta básica de alimentos, água e produtos de limpeza, para as famílias que estão isoladas na zona rural do município.
No Paraná, mais de 150 mil pessoas foram prejudicadas pelas chuvas dos últimos dias, segundo a Defesa Civil. O município com o maior número de pessoas atingidas é Arapongas, com cerca de 90 mil, segundo a Defesa Civil. Em seguida, está Rolândia, com 36 mil prejudicados. Ambos estão na região norte do estado, próximos a Londrina. As cidades de Sabáudia, Mandaguaçu, Rio Bom, Londrina e Apucarana decretaram situação de emergência. Em Apucarana, a prefeitura estima um prejuízo de R$ 10 milhões.
