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O sumiço do motorista do Uber Ed Wilson Araújo da Silva, de 28 anos, teve um fim trágico. O corpo do rapaz foi encontrado na madrugada de ontem num rio na favela Vila Sapê, no bairro Imbariê, em Duque de Caxias. Em entrevista ao Jornal Extra, a cuidadora de idosos Rosana Paula Souza da Silva, de 40 anos, mulher da vítima, afirmou que não conseguiu acionar a polícia desde a última sexta-feira, quando Ed desapareceu. Segundo a mulher, após o motorista não voltar para casa, na madrugada de sábado, ela foi até a 62ª DP (Imbariê) para registrar o desaparecimento. Com a Polícia Civil de greve, o registro não foi feito.
“É muito descaso. Eles não fizeram o registro, então a família fez o trabalho da polícia. Passamos todo o fim de semana em favelas de Caxias para encontrar o corpo. Acabamos só encontrando na madrugada de hoje (segunda-feira). O corpo estava dentro de um rio. Só foi removido após cinco horas”, disse ao Extra.
Segundo parentes de Ed, o motorista foi morto após ser confundido com um policial por traficantes da Vila Sapê. O carro dele, um Fiat Idea, também foi encontrado próximo à favela. De acordo com parentes, Ed começou a trabalhar no Uber há 15 dias e quando ele foi abordado, tinha acabado de deixar um passageiro em casa e desligou o aplicativo de trabalho.
Ed e Rosana estavam juntos há 11 anos e se casaram em 2016.
No último fim de semana, dois motoristas de Uber foram mortos no Rio. Além de Ed Wilson, em Colégio, na Zona Norte, o motorista Nickson Ferreira Pereira, 32 anos, foi atingido por tiro na noite de domingo na Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, em frente à Estação de Colégio.
Segundo a Polícia Civil, Nickson estava com seu carro parado em um sinal quando foi surpreendido por um homem que se aproximou e bateu em sua janela. Logo depois, atirou, e em seguida fugiu na garupa de uma moto. A vítima chegou a ser socorrida pelos bombeiros e levada para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos.