Crianças iguaçuanas aprendem a combater racismo na sala de aula

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
Renato Noguera fala de sua experiência para os professores de educação infantil Fotos: Madalena Angelo
Renato Noguera fala de sua experiência para os professores de educação infantil
Fotos: Madalena Angelo

Em Nova Iguaçu a educação não vem só de casa, mas também da escola. Pelo menos é o que promete a Secretaria Municipal de Educação, que está trabalhando a temática racial ainda na educação infantil. Para tratar a resistência, que na maioria das vezes começa dentro da própria família, os professores que atuam nessas classes passam por formação, por meio do projeto Africantil, que trata da valorização da raça negra e a contextualização da importância de tratar a temática racial na primeira infância.
A equipe do Setor de Implementação e Articulação de Formação Complementar, se baseia na Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio. Segundo Regina Mucy de Oliveira, do setor de Implementação, embora pareça que nesta fase as crianças estejam despercebidas do preconceito, nos relatos dos professores grande parte das crianças não se reconhece como negras.
“Os educadores trabalham as questões da identidade com utilização de espelho, bonecas pretas e brancas e exemplos de personagens negros bem-sucedidos para mudar o quadro”, explicou.
De acordo com relatos de professores, quando são estimuladas a desenhar a própria família, muitas crianças traçam um perfil que não condiz com sua pele. Desenham-se com cabelos lisos e amarelos ou até se recusam a utilizar o lápis de colorir preto, em sinal de rejeição.

 

Literatura contra o preconceito

O escritor mostra um dos seus livros para a professora Jussara Alexandre da equipe de Formação  Fotos: Madalena Angelo
O escritor mostra um dos seus livros para a professora Jussara Alexandre da equipe de Formação 
Fotos: Madalena Angelo

Na busca de uma afirmação positiva que leve a aceitação não só das crianças negras, mas da diversidade que há na sociedade e no âmbito escolar, os professores são orientados a trabalhar com literatura de escritores infanto-juvenis, como Renato Noguera, Júlio Emílio Brás e Ana Maria Machado e outros.
Renato Noguera, que também é professor de filosofia da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, é de uma família de griôs- contadores de histórias antigas-. Ele e equipe tem pesquisado formas audiovisuais de tratar a temática incluindo personagens negros em aventuras divertidas, como “Tuca no Carimbó”, “Ka ya Po”, além dos livros “Era uma vez no Egito” e “Nana e Nilo”.
Mas tem um recurso passado de geração em geração e que as crianças não dispensam: a contação de história. Ela ganhou um elemento colorido e divertido que são os tapetes de histórias com personagens dos livros.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!