Crime passional em Paracambi

Um crime passional chocou moradores de Paracambi. Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), prenderam no último domingo, Geovane Breia Raimundo, de 25 anos, acusado pelo assassinato da namorada, a professora universitária Andréia Oliveira Pinto, de 37. Motivado por ciúmes, ele confessou ter agredido a namorada com socos na região da garganta que teriam levado a mulher à morte. Dois dias após o crime, ele cortou o corpo em três partes e o jogou dentro da caixa d’água da casa da vítima, no bairro Lages.
Segundo o delegado adjunto Evaristo Pontes Magalhães, os dois mantinham um relacionamento há pelo menos dois meses. Na noite do último dia 30, Geovane teria ido até a casa de Andréia e iniciado uma discussão por ciúmes. Ainda ele, um soco teria causado a morte da vítima. “Ele confessou o crime. Contou que teve uma discussão com a Andréia e que agrediu fisicamente a professora, o que resultou na morte dela”, disse o delegado.
Em depoimento, Geovane contou que esquartejou o corpo apenas no dia 2. “Ele permaneceu com o corpo dela dentro de casa por mais de 24 horas quando, na madrugada do dia 2, decidiu cortá-lo em quatro partes, enrolá-lo em um lençol e jogá-lo dentro de uma caixa d’água para ocultar o crime”, contou o delegado. “Ele está demonstrando ser uma pessoa fria e calculista. Não esboça nenhum tipo arrependimento pelo o que fez e simplesmente confessa o crime”, complementou. Geovane esquartejou o corpo da professora com uma faca de serra separando membros superiores, tronco e membros inferiores.

Após dias sem dar notícias, um familiar sentiu a ausência de Andréia e decidiu procurá-la em casa. Chegando ao local, percebeu um mau cheiro que vinha da caixa d’água da residência da professora e então acionou a polícia. “A família deu falta de Andréia e ficou tentando contato por telefone. Foram até a casa dela no sábado e quando entraram, por conta do cheiro, constataram que tinha algo na caixa d’água e que poderia ser o corpo dela”, contou o delegado que está responsável pelo caso.
Segundo informações da especializada, os agentes da DHBF chegaram ao nome de Geovane por meio de testemunhas. Ele, que morava em Paracambi, foi localizado e preso no bairro Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, no domingo. Além de matar a professora, ele roubou pertences pessoais da vítima como eletrônicos e uma moto.
Geovane e Andreia tinham um relacionamento de apenas dois meses, segundo afirmou familiares para os policiais. Ela era formada em Administração e professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O rapaz já teve a prisão temporária decretada pela Justiça e deve responder por homicídio qualificado, além de ocultação de cadáver e furto. Geovane será enquadrado também na lei do feminicídio. A pena pode chegar a 30 anos de detenção.
Por: Gabriele Souza (Gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)