Cursos para 1.440 mulheres da UFRRJ em Nova Iguaçu

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
Auditório lotado, cabos eleitorais atentos e muita tietagem marcaram a chegada da deputada Rosângela Gomes ao lado da ministra Pelaes
Davi de Castro / JH

A ministra da secretaria de Políticas para Mulheres, Fátima Lúcia Pelaes, esteve sábado (10) em Nova Iguaçu. A convite da deputada federal Rosângela Gomes (PRB), ela veio participar da aula inaugural dos cursos voltados para mulheres, que serão ministrados nas dependências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Os cursos são voltados para o ramo de padaria e confeitaria, gastronomia industrial e cuidador de idosos e fazem parte do projeto ‘Mulheres Construindo Autonomia’. As inscrições estão abertas e as aulas serão iniciados efetivamente a partir do mês de dezembro, nas dependências da universidade, com estrutura para atender 1.440 mulheres.
>> Tumulto na chegada da ministra – A chegada de Rosângela Gomes, acompanhada da ministra Fátima Pelaes, à UFRRJ, por volta das 10:40h de sábado (11), provocou tumulto no interior da instituição. Mulheres de vários bairros de Nova Iguaçu e também homens interromperam por várias vezes a deputada e a ministra durante o trajeto até o auditório para abraçar, apertar a mão, pedir emprego, tirar fotos, fazer selfies ou agradecer e dar as “boas vindas”. Para andar cerca de 15 metros até a porta do auditório, Rosângela Gomes demorou 19 minutos. Da porta até a mesa principal, gastou outros 10 minutos, entre abraços, beijos e apertos de mão. O espaço ficou apertado e muitos se espremeram entre as cadeiras. Dezenas de pessoas ainda ficaram do lado de fora.

No vídeo, Kokay diz que “a partir da eliminação da família patriarcal, nós construímos uma sociedade incestuosa”
Reprodução da Internet

>> Lágrimas, emoções e aplausos – Ao iniciar o discurso sobre o projeto, para o qual ela destinou R$ 2,4 milhões através de emenda parlamentar em Brasília, Rosângela arrancou lágrimas, emoções e aplausos de todos, ao falar da sua vida pessoal. Disse que é filha de pais alcoólatras, negra, criada em bairro pobre (Cobrex) e morava em casebre onde não havia banheiro. Salva de uma tentativa de suicídio pelo Hospital da Posse. Aos olhos da sociedade, conforme ela frisa, “tinha tudo para dar errado”. Mas foi estudar. Para isso, voltou ao local para vender doces, queijos e água mineral nos sinais trânsito, para pagar os estudos. Voltou ao hospital novamente, para trabalhar como auxiliar de enfermagem. E este ano, retornou, mais uma vez, como deputada, trazendo uma emenda parlamentar de R$ 5 milhões para ajudar a salvar outras vidas.
>> Projeto para mudar de vida – O projeto apresentado tem o objetivo de ajudar as mulheres a melhorar de vida, ao ganhar condições de ingressar no mercado de trabalho ou mudar para uma atividade mais rentável ou ainda ampliar a renda familiar. Com os recursos, de R$ 2,4 milhões, além de ministrar os cursos para as 1.440 mulheres, a UFRRJ poderá construir novas salas e investir na estrutura e condições de ensino. Diego Gomes, presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH), a ministra Fátima Pelaes, e Adriana Monique, subsecretária de educação de Nova Iguaçu, elogiaram a iniciativa. E o professor da UFRRJ, Ricardo Tonassi, procurador-geral de Belford Roxo, disse que nunca viu político fazer alguma coisa dessa natureza, sem pedir votos em troca. “E Rosângela não fez isso”, exalta.

 

por Davi de Castro
davi.castro@jornalhoje.inf.br

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!