A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pela investigação da centésima morte de policiais militares no Estado do Rio em 2017, concluiu 15 dos 29 casos da região. Isso significa que, do total de homicídios de PMs que chegou na especializada, 51% foram resolvidos. A taxa média de resolução de crimes da Polícia Civil é de 20%. Desses 29 crimes, dez têm a execução como principal linha de investigação.
A morte do sargento Fábio José Cavalcante, sábado (26), é um dos casos onde a principal linha de investigação é a execução, de acordo com as primeiras informações levantadas pela Polícia Civil. O PM, que foi o centésimo a ser assassinado no estado em 2017, levou 11 tiros, sendo quatro somente no rosto. Uma testemunha afirmou que o sargento mal saiu do carro, na porta da casa da família, por volta das 9h, no Largo do Guedes, em São João de Meriti, quando cerca de seis homens em dois carros pararam bruscamente e começaram a atirar cerca de 30 vezes com fuzis e pistolas.
Depois que o sargento caiu no chão, dois homens recolheram documentos, um colar de ouro, um anel dourado com a silhueta de São Jorge e a pistola do policial. Em meio à súplica do pai, que estava no bar em frente e assistiu a cena, para que não matassem o filho, um dos homens ainda descarregou o pente da arma do próprio PM no corpo inerte. O portal do Disque Denúncia oferece R$ 5 mil por informações que solucionem o caso.
Outro caso de execução foi o do cabo Daniel dos Santos e Silva, em Belford Roxo. O PM, que era lotado na UPP Rocinha, foi morto na comunidade Parque Roseiral onde entrou com amigos para tentar recuperar um balão. Lá, foi identificado como PM e acabou morto com vários disparos. As prisões dos acusados já foram decretadas pela Justiça.
O assassinato do sargento Fábio foi a quarta morte de PM em São João de Meriti, mesmo número de Magé. Duque de Caxias e Nova Iguaçu tiveram, cada uma, sete policiais militares assassinados. Nilópolis, Japeri e Belford Roxo tiveram, cada um. três crimes desse tipo. E Guapimirim, um.