Demora no atendimento marca reabertura do Hospital do Joca

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Após meses de reformas, o hospital foi reinaugurado na noite de segunda-feira  Foto:  Ivan Teixeira
Após meses de reformas, o hospital foi reinaugurado na noite de segunda-feira
Foto: Ivan Teixeira

Após adiar por meses a reabertura do Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, o Hospital do Joca, enfim a unidade foi reinaugurada, na noite de segunda-feira (31), pela Prefeitura de Belford Roxo. Na manhã de ontem, a equipe de reportagem do Jornal de Hoje esteve no hospital para acompanhar o atendimento e a satisfação dos pacientes e constatou que, apesar da reforma, os problemas ainda são os mesmos.
Muitos pacientes chegaram bem cedo ao hospital e já enfrentaram o primeiro obstáculo na busca por atendimento. O motivo foi a demora da recepção para que fossem feitas as fichas dos doentes e também a realização da triagem – procedimentos como aferição da pressão arterial e exame de glicose – para fosse feita a classificação de risco. Muitos pacientes se queixavam da quantidade insuficiente de bancos para que eles aguardassem o atendimento médico de forma mais confortável e até mesmo da falta de copos para que eles pudessem beber água no bebedouro.
A falta de comunicação gerou tumulto. Na fila, tinha desde pacientes com problemas respiratórios até emergenciais. A dona de casa Débora da Silva, de 38 anos, moradora do bairro Jardim Redentor, foi até o UPA do Bom Pastor com seu marido, que sentia muitas dores na região do tórax e falta de ar. Na unidade, foi constatado que não havia médicos e nem aparelhos para efetuar o pronto-atendimento, logo o encaminharam para o Hospital do Joca. “Estou nessa batalha com meu marido desde as 6 horas da manhã e ainda não consegui atendimento para ele aqui no Joca. A única coisa que fizeram foi medir a pressão. O hospital só está bonito, porém, os problemas continuam os mesmos”, desabafou a dona de casa, revoltada, já por volta das 10h.
O marido de Débora, o repositor Luiz Antônio, de 48 anos, aguardava atendimento em pé, no corredor do hospital, se escorando nas paredes a espera de um médico.

 

“Preferia que estivesse fechado”, diz paciente

Pacientes ficaram revoltados com a demora do atendimento Foto:  Ivan Teixeira
Pacientes ficaram revoltados com a demora do atendimento
Foto: Ivan Teixeira

Adriana Martins, moradora da Nova Piam, estava sozinha, e também aguardava por atendimento. Com suspeita de fratura no braço, ela ficou indignada com o tratamento que recebeu por parte das atendentes e da equipe de enfermagem. “Um atendimento frio, calculista. Elas não se importam conosco. A prioridade que deveria ser o atendimento, não dá. Só está reformado para dizer que mudou. Mas está a mesma coisa. Preferia que estivesse fechado, seria menos uma ilusão.”
Nenhum membro da equipe médica ou da recepção da unidade quis se manifestar. Garantiram apenas que a reabertura do Hospital do Joca traria mudanças positivas para a saúde de Belford Roxo. A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, explicou que os pacientes que chegam à unidade “encaminhados imediatamente para avaliação de risco e direcionados às respectivas salas (vermelha, para os mais graves, e amarela, para os menos graves), nas quais estão sendo devidamente atendidos.”
Parcialmente fechada, a unidade passou por reforma e ampliação para a construção de um novo centro cirúrgico, criado com o objetivo de promover um melhor atendimento para a população e suprir a necessidade de todos. Durante a longa reforma, o hospital manteve apenas a emergência aberta para casos alarmantes. De acordo com a Prefeitura de Belford Roxo, as equipes médicas das UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) do bairro Bom Pastor e do Lote Quinze foram reforçadas para conter a demanda de pacientes.

 

 

 

 

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