Desafios e perspectivas do Hospital da Posse em debate

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Mais de 10 mil assinaturas reivindicando o não fechamento da Posse foram colhidas
Foto: Alziro Xavier

Cerca de 400 pessoas, entre elas representantes de 88 entidades, como sindicatos e conselhos regionais da Saúde, além do poder público e da sociedade civil, participaram ontem da audiência pública ‘Hospital da Posse: Desafios e Perspectivas’. O evento foi promovido pela Prefeitura de Nova Iguaçu e realizado no Centro de Formação de Líderes da Diocese, no bairro Moquetá. No dia 12 de abril haverá um ato em prol do hospital que é a principal referência em emergência na Baixada Fluminense.
O prefeito Rogerio Lisboa participou do debate e promete ir à Brasília na busca por recursos que permitam a manutenção do hospital. “Se essa pressão não surtir efeito, vai sair uma caravana da Baixada para Brasília pressionar o governo federal para liberar recursos”, ameaçou o chefe do Executivo.
Na ocasião, o diretor-geral do Hospital Geral de Nova Iguaçu, Dr. Joé Sestello, apresentou os problemas existentes na unidade, como superlotação, escassez de materiais e medicamentos, além de atrasos em procedimentos cirúrgicos, já que quase metade dos pacientes atendidos é de cidades vizinhas.
O prefeito Rogerio Lisboa recebeu o Hospital da Posse desestruturado devido aos problemas financeiros enfrentados pelo município e a desatualização do repasse da verba pelo Ministério da Saúde – atualmente o hospital recebe R$ 6,3 milhões, enquanto o ideal para manter a unidade seria de R$ 14 milhões.
A atual gestão está fazendo de tudo para manter o Hospital da Posse funcionando. Porém, se o repasse federal não for reajustado, o Município terá que devolver o hospital ao Governo Federal. Várias solicitações de aumento de recursos foram feitas pelo município ao Ministério da Saúde, mas não foram atendidas. Para que a devolução não ocorra, o movimento tem por objetivo envolver a todos, principalmente os governos municipais de toda a Baixada.
A partir do encontro de ontem, será construída uma agenda coletiva que focará na manutenção e ampliação da qualidade no atendimento da unidade.

Abaixo-assinado contra o fechamento da unidade

O Hospital da Posse é uma unidade federal, cedida ao município através de um termo de cessão assinado em abril de 2002, desde então o hospital deveria ser custeado com 70% de verba federal, 15% estadual e 15% municipal. Segundo a Prefeitura, o estado não tem repassado nada e o Ministério da Saúde não arca com os 70%.
Na semana passada, foi protocolado no Ministério Público um abaixo-assinado com mais de 10 mil assinaturas, colhidas em diversos bairros, que reivindica o não fechamento do hospital.
O Ministério da Saúde informou que o SUS destina a unidade R$ 12 milhões mensais e que não vai assumir a gestão do hospital. Já o estado afirma que os repasses serão retomados nos próximos meses e que firmou pacto com os municípios da Baixada para otimizar o atendimento de portas abertas, para desafogar o hospital.
Do total de 15 mil pacientes atendidos por mês no Hospital da Posse, quase metade (45%) vem de outros municípios da Baixada Fluminense, onde vivem 3 milhões de pessoas, a maioria dependente dos serviços públicos de saúde. A unidade também é porta de entrada para todos os acidentados na Rodovia Presidente Dutra e no Arco Metropolitano, que cortam vários municípios.

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