
Foto: Divulgação/SME
O ano de 2016 promete ser diferente em Duque de Caxias no que diz respeito a Educação. Pela primeira vez em sua história, as escolas do município terão na direção pessoas eleitas pela comunidade escolar. As eleições ocorreram no início de novembro, entre os dias 5 e 7, e reuniram mais de 3 mil candidatos aos cargos em todas as unidades. Centenas de pessoas estiveram envolvidas diretamente nas eleições como componentes das Comissões Eleitorais Gerais (CEG) e das Comissões Eleitorais Locais (CELs).
Esse movimento já aponta mudanças no formato de reestruturação das escolas para a volta às aulas, agora marcado pela presença cada vez mais constante dos responsáveis. A diretora da E.M. Marilândia, Renata Barbosa, é professora da unidade há dez anos e comenta o desafio de estar pela primeira vez na Direção. “O apoio que recebo da equipe tem sido fundamental. O grupo de profissionais da escola é muito comprometido e a sensação de que tenho com quem contar fortalece o trabalho e garante melhores resultados”.
A professora, que trabalhava na sala de leitura e tem experiência como orientadora pedagógica, fala sobre a aproximação da comunidade escolar a partir das eleições democráticas. “A comunidade acompanhou o processo muito de perto. Mesmo na contagem dos votos, que foi realizada em um sábado, alguns pais estiveram presentes. Além disso, o trabalho de conscientização feito com os alunos pelos professores sobre a importância desse momento foi fundamental para o êxito da participação dos pais”, afirmou Renata.
Troca de ideias e aproximação dos responsáveis
“Muito diálogo”, nas palavras da diretora Carla Cristiane do Nascimento, é o que tem marcado esse período de preparação da E.M. Nossa Senhora do Pilar para receber os alunos para mais um ano. A direção da escola, também composta pela vice-diretora Maristela da Cruz, notou que a presença da comunidade escolar tem sido cada vez mais uma realidade, o que deixa claro o compromisso de desempenhar o melhor trabalho possível nos dois anos de mandato.
“O período de eleições foi muito tranquilo aqui, especialmente porque tivemos chapa única, mas esse fato não diminuiu a responsabilidade do compromisso assumido. Nossa meta como Direção é investir na autoestima dos professores e dos alunos e sabemos que isso é possível quando retomamos o trabalho pedagógico em que o Pilar acredita, com projetos, culminâncias, com uma escola que se movimente frente a uma comunidade escolar que acreditou em um projeto e depositou sua confiança nas urnas”, explicou.
Para a diretora da Creche Graciesse Luiza da Silva Lourenço, Barbara de Lucena, esse momento marca uma “oportunidade de o coletivo decidir”. Para ela, dessa vez, “a sensação de ser escolhida foi ainda mais especial”. Angela de Carvalho faz parte da chapa e é a vice-diretora da creche. Juntas, elas começam a pensar a volta às aulas construída no diálogo com um conselho escolar também eleito de maneira democrática. “As eleições marcam a possibilidade de uma nova estrutura. Pensamos em rodas de conversa, clube de mães, medidas que estimulem o interesse dos responsáveis de estarem mais próximos”, destacou.