
O cenário político em São João de Meriti está se desenhando inclusive com alguns candidatos que já estiveram à frente da Prefeitura e pouco ou nada fizeram. No dia 29 de fevereiro, houve reunião entre o deputado federal, doutor João Ferreira, pastores e amigos que apoiam sua pré-candidatura a prefeito. O que chamou mais atenção foi a presença do ex-prefeito Uzias Mocotó e seu irmão Jabes, que têm intensa ligação com o Dr, João de longa data. Na gestão de Mocotó, ele foi Secretário de Saúde e fechou oito postos de saúde.
Uzias, que dará apoio ao Dr. João, é apontado por lideranças comunitárias como um dos piores gestores que o município já teve e em 2008 não disputou a reeleição. Ele responde, junto com o ex-prefeito Antonio de Carvalho, a um processo movido pelo Ministério Público Federal, no qual foi intimado a devolver cerca de R$ 27 milhões aos cofres públicos federais. Uzias Mocotó, Antonio de Carvalho e João Ferreira foram citados no relatório final de uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde (Denasus), feita nas contas da Secretaria de Saúde referentes ao período de 2004 a 2007, apontando desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o relatório no qual o MPF se baseou para promover a ação, os desvios teriam se dado através de pagamentos sem notas fiscais, internações fantasmas, falta de medicamentos e ausência de execução de programas de saúde.
Na reunião, além de fazer uma apresentação de sua candidatura à prefeitura de São João de Meriti, Ferreira também falou sobre a sua condenação na Justiça Federal (STF) há 3 anos e 4 meses de prisão por apropriação da contribuição previdenciária dos funcionários na clínica que era sócio.