Davi de Castro/Jornal de Hoje
O assentamento dos 20 quilômetros de tubulação para expansão da rede de água em Mesquita já chegou ao bairro Santa Terezinha, fazendo a alegria de milhares de moradores. A situação era mais grave na Rua da Serra, onde a água só caia nas torneiras uma vez por semana ou chegava de carro pipa.
De acordo com o vice-prefeito da cidade, Waltinho Paixão, responsável pelo acompanhamento das obras, existem várias equipes de trabalho atuando no município. Elas estão espalhadas em bairros diferentes da região, para que a implantação dos tubos e construção de galerias aconteça de forma mais rápida.
Moradora da Rua da Serra há várias décadas, dona Delma dos Santos, 52 anos, fala que água encanada na rua era coisa de luxo. Quem tinha condições financeiras, comprava o produto através de caminhão-pipa. “E quem não podia comprar, tinha de aguardar a boa vontade da Cedae”, comenta. Segundo ela, a situação era pior, subindo a Rua da Serra e passando pela Rua Carlinda. “Desta rua pra cima, a água não chegava mesmo. Quando acontecia de cair água aqui embaixo, as pessoas da Carlinda em diante instalavam bombas hidráulicas para puxar água até suas casas”, revela a moradora, que mora logo no início da subida da Serra, uma das artérias mais íngremes da localidade.
>>Fim da lenda do manobreiro – Ao ver uma das frentes de obras com os operários da Cedae em frente à sua casa, dona Delma fala de sua alegria. “No governo passado, a água não era muita, mas caia na torneira de vez em quando. Mas agora, com essas obras, creio que nunca mais vai faltar. Agora acabou a história do manobreiro”, alegra-se. É que, segundo moradores da região, há uma antiga história de que a água não subia a Serra porque havia um homem (não identificado) que mexia na chave da tubulação e desviava o produto para outras áreas. “Isso aqui era uma lenda, de muitos anos, que agora chega ao fim, com essa tubulação”, acredita Otacílio Moreira, 68 anos.
Para acelerar o assentamento
Waltinho adiantou que só na região do bairro Santa Terezinha existem cinco frentes de obras, além da Rua da Serra e Chatuba. Para acelerar o assentamento da tubulação, há equipes da Cedae na Rua Lídia, Barão de Salusse, Sarapuí e Manoel Chaves. Também na Rua Idealista, subindo para a dos Alpinos e parte da Rua José do Nascimento. “Existem pessoas reclamando que sua rua tem tubulação da Cedae e não faltava água com frequência. E que, agora, com essa obra, começou faltar”, reconhece Waltinho. “Acontece que o governo Jorge Miranda está colocando tubos aonde a água não chegava e trocando os tubos velhos por novos, em algumas áreas, para que a água cheque com mais pressão”, explica o vice-prefeito.
por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)
