
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
O velho problema de falta d’água voltou a incomodar moradores do sub-bairro Vila Eleonora, em Austin, Nova Iguaçu. Eles revelam que já passaram por esta situação nos anos anteriores e que o problema só foi resolvido após muitos pedidos junto à Cedae. Desta vez, a deficiência no abastecimento já dura três semanas.
De acordo com os moradores, o abastecimento já vinha sendo prejudicado há alguns meses, mas de umas semanas para cá, houve uma piora acentuada. Cansado de sofrer com a falta d’água, o morador da Rua Airoca, Jorge Freitas, construiu um grande reservatório na calçada de casa para poder acumular a água nos períodos que ela chega à bica.

Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
“Tive que me mexer e fazer alguma coisa para não sofrer tanto com essa escassez. Então construí essa piscina aqui do lado de fora. Há um tempo atrás, a água estava chegando durante a madrugada, porém, agora o cano está tão seco que nem a bomba está resolvendo”, disse o motorista.
A aposentada Floriza da Silva, 79 anos, também tem sofrido com o mesmo problema. Ela mora na Rua Calazans e disse que nem a bomba tem resolvido. “Há alguns meses meu filho comprou uma bomba e nem ela adiantou, pois não cai uma gota d’água neste cano. Estamos há muitos dias sem abastecimento, está um sufoco danado”, desabafou, acrescentando que a água potável para o consumo da família é trazida pelo filho que trabalha na cidade de Mendes.

Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Devanir Salvador, 69 anos, morador da Rua Buarã, disse que a região nunca teve abastecimento com água de qualidade. “Uma vez ou outra dá uma melhorada. A gente paga e não recebe o que merece. O que me salva é um poço que tenho já há 46 anos. Mas tem gente que não tem isso”, lamentou o aposentado. Luciana Rodrigues, 44, tem sobrevivido a esta situação pegando baldes de água na casa do pai, que é seu vizinho. “Eu ainda estou conseguindo sair desta situação graças ao poço na casa do meu pai, pior é quem não tem meios para resolver o problema e continuam sem este bem precioso”.
O Jornal de Hoje entrou em contato com a Cedae para saber quando o abastecimento no sub-bairro Vila Eleonora será normalizado. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.