Daniel e Rafael foram executados a tiros por grupos paramilitares de Magé
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
“Só peço que a justiça seja feita, pois ainda tenho dois filhos, tenho medo e estamos escondidos. Meu neto ainda mora na comunidade. Temo pela vida dele”. O desabafo é de uma mãe que em pouco mais de um ano perdeu dois filhos assassinados, segundo ela, por milicianos de Piabetá, em Magé.
Os irmãos Daniel Oliveira Ferreira, de 26 anos e Rafael Oliveira Ferreira, 20, teriam sido executados a tiros por grupos paramilitares da região. A família acredita que um deles foi confundido como traficante. Daniel teria sido morto há um ano e sete meses e Rafael há quatro meses.
Parentes, que não quiseram se identificar, disseram que Daniel foi pego por engano e ficou seis dias desaparecido e o corpo só foi encontrado numa localidade conhecida como Cachoeira. Ele teria sido executado com cinco tiros.
De acordo com relatos de familiares, ele foi rendido por cinco homens encapuzados que se intitulavam como ‘policiais’, quando chegava em sua oficina onde trabalhava como torneiro mecânico. Já Rafael foi pego no portão de casa e foi atingido com um tiro na cabeça.
Rafael teria sido perseguido por milicianos que achavam que ele estava entregando o grupo à polícia. Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investigam os crimes.
