Família de menino estuprado e morto por menores protesta contra liberdade de envolvido

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Higor Rafael Ferreira Montoto, de 10 anos, estuprado e assassinado em janeiro de 2014 Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Higor Rafael Ferreira Montoto, de 10 anos, estuprado e assassinado em janeiro de 2014
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

A morte do menino Higor Rafael Ferreira Montoto, de 10 anos, estuprado e assassinado por três menores no fim de janeiro de 2014, ainda não saiu da cabeça dos familiares, moradores do bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, onde ocorreu o caso. Condenados, dois dos envolvidos permanecem internados em instituições para ressocialização. No entanto, rumores de que um deles, o mais velho e considerado pela família mentor do crime, será solto trouxe de volta a sensação de impunidade e revolta.
Dian Leite da Silva, mais conhecido como Baquera, que na época tinha 17 anos, pode ser liberto em alguns meses, após cumprir a medida sócio-educativa que durou pouco mais de um ano. Se tivesse sido condenado na justiça comum, a pena seria de 10 anos, ao menos.
De acordo com a Bárbara Sani, de 24 anos, irmã de Higor, Baquera era conhecido pelo comportamento sexual deturpado na localidade. “Gostaria de saber o que passa na cabeça de um juiz para colocar uma pessoa dessas na rua”, disse ela, que não acredita na recuperação de Dian.
Uma outra irmã de Higor, que por medo de represarias preferiu não se identificar, contou que na época do desaparecimento, Baguera participou do mutirão que realizou as buscas. Ainda segundo ela, o condenado chegou a se mascarar com a fé, levando a foto do menino para uma igreja, para que participasse de uma ação espiritual que ajudaria no encontro da vítima.

Família reclama da falta de assistência do Estado

Foto de Higor Rafael estampada em pipa: familiares criaram festival de uma das atividades preferidas do menino para que caso não caísse no esquecimento Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Foto de Higor Rafael estampada em pipa: familiares criaram festival de uma das atividades preferidas do menino para que caso não caísse no esquecimento
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Segundo familiares, até hoje, nenhuma autoridade ou representantes dos direitos humanos os procurou para oferecer assistência. Eles temem também que Baguera, ao ficar em liberdade, queira se vingar: “Nós já tentamos, de todas as maneiras, reabrir o processo para que esse criminoso não seja solto, pois nessa localidade há varias crianças, inclusive em nossa família. Temos medo que ele volte e queira se vingar com uma delas”, disse Rosineide Ferreira, 45 anos, mãe do menino.
“Eu tenho uma filha de 12 anos que até hoje precisa de tratamento psicológico. Higor era o seu maior companheiro, eles estavam sempre juntos, até na hora de ir à escola”, desabafou Bárbara, que por não ter recursos, não pode conceder um tratamento adequado para a filha. “Não fosse a ajuda da comunidade, eu não teria como arcar as despesas para fazer o tratamento dela, pois o Estado não nos deu nenhuma assistência”, finalizou.

Homenagem e lembrança em forma de festival

Como boa parte das crianças da sua vizinhança, Higor era fascinado pela prática de soltar pipas. Para que seu caso não seja esquecido, a família criou um festival de uma das suas atividades favoritas. “Todo mês de janeiro, nós realizamos um festival de pipas para nos lembrarmos da memória de Igor e não deixar que isso caísse no esquecimento”, disse Rosineide.

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