Centenas de professores e membros da sociedade civil e do governo se reuniram na quinta-feira (14), na Universidade Estácio de Sá, no Fórum de Adequação ao Plano Municipal de Educação (PME) 2015/2025. Em grupos, eles fizeram emendas aditivas, supressivas e substitutivas as 20 metas propostas para os próximos 10 anos. Logo no início, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Membro do Comitê de Mobilização Social pela Educação, David Arcênio, fez uma palestra sobre “A importância da Construção do plano Municipal de Educação”.
O encontro começou às 7h e se estendeu até o fim da tarde, com a presença da secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Marcondes Rosestolato, que pediu em seu discurso serenidade na hora de os participantes votarem suas emendas. “É preciso que pensem nas metas baseadas na realidade. A Pátria Educadora esbarra no orçamento. O Município sozinho não têm condições de custear toda a educação. O governo já vem aplicando acima dos 25% que determina a lei”, explicou a secretária.
Em oito grupos divididos por metas, os participantes puderam discutir o conteúdo do documento base e propor suas ideias. Entre as metas com maior número de inscritos estava a que trata da Gestão Democrática, onde a maioria quer a volta da eleição direta para os diretores das unidades escolares.
Professora na Escola Municipal Nicanor Gonçalves Pereira, Sarah John, contou que os debates que tratou do tema Gestão Democrática foram acirrados, com foco na eleição de diretores, mas que ao fim espera que tudo seja tratado democraticamente, como o próprio tema propõe. Já o professor Adriano Gomes, da Escola Municipal Professor Hélcio Chambarelli, participou das discussões sobre Valorização do Professor. “Foi tranquilo, mas gostaria que pudéssemos propor além das três emendas permitidas”, disse ele.
Representante do Sindicato dos Profissionais da Educação (SEPE), Carlos Henrique Farias, acredita que é pouco o tempo para discutir as metas. “Acho que deveríamos ter ampliado as discussões. Acho que a sociedade civil está participando pouco”, disse ele.
As Escolas da Rede Municipal de Ensino de Nova Iguaçu discutiram as metas do (PME) nos dias 27,28, 29 e 30 de abril. As discussões antecederam ao Fórum Municipal de Educação, cujo documento final será encaminhado e aprovado pela Câmara de Vereadores e posteriormente levado para sanção do prefeito Nelson Bornier. O PME atual é de 2008 e deverá ser adequado até junho deste ano, em função da lei 13005/14.
O Plano Municipal de Educação é um planejamento da educação de cada município e deve ser realizado com a participação do governo e da sociedade civil. São metas e ações propostas a curto, médio e longo prazo.
Entre as 20 metas estão à educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, alfabetização, valorização do professor, financiamento da educação, educação superior, aprendizado adequado na idade certa, gestão democrática, educação integral, plano de careira do docente entre outras.
Meriti tem Plano Municipal de Educação
Em São João de Meriti, a secretária de Educação, Eneila Lucas, entregou ao prefeito Sandro Matos o novo Plano Municipal de Educação, durante uma solenidade na Câmara Municipal, realizada ontem.
Representando os 33 mil alunos do município, do ensino infantil e fundamental, quatro crianças oficializaram a entrega simbólica do documento ao prefeito ao final da cerimônia, que agora será avaliado pelos vereadores e, posteriormente, sancionado e publicado no Diário Oficial.
Sandro Matos enfatizou a importância da educação em Meriti e assegurou que não medirá esforços para manter todas as crianças e adolescentes do município nas escolas. “Estamos pensando numa educação de qualidade para São João de Meriti”, disse. “Esse plano é o compromisso da Secretaria de Educação com o nosso município”, acrescentou Sandro Matos.
