Golpe na indisciplina: escola usa luta para combater desobediência de alunos

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Mestre Paulão (quimono preto) explica aos alunos como sair de uma situação difícil no jiu-jitsu Foto: Custódio Martins
Mestre Paulão (quimono preto) explica aos alunos como sair de uma situação difícil no jiu-jitsu
Foto: Custódio Martins

Reduzir o tempo ocioso dos alunos e erradicar a indisciplina dentro e fora da sala de aula. Este é o objetivo de um novo projeto esportivo da Prefeitura de Japeri, por meio da Secretaria de Educação, que oferece aulas de jiu-jitsu e Muay Thai e começou a ser desenvolvido ontem, na E.M. Ary Schiavo. A ideia de levar as artes marciais para a quadra da escola surgiu durante uma conversa entre a diretora da unidade, Leila Veronica da Silva, e o professor Paulo Ramos, o mestre Paulão.
“Estávamos falando sobre a questão da indisciplina de alguns alunos e ele nos ofereceu ajuda através do esporte. Entramos em contato com os pais e muitos deles gostaram da ideia. Somando os estudantes dos turnos da manhã e da tarde, tivemos cerca de 75% de adesão”, conta Leila. “Muitos pais saem para trabalhar e os filhos ficam sozinhos e expostos durante boa parte do dia. Por isso, as atividades no contra-turno serão importantes para segurarmos por mais estes jovens na escola”, conclui a diretora.
Aos 62 anos, mestre Paulão tem em seu currículo conquistas como o título de campeão brasileiro de jiu-jitsu, um vice-campeonato internacional máster e um terceiro lugar no mundial da mesma categoria. Ele carrega como sua maior vitória o fato de ter ajudado tantos jovens a seguir o caminho do bem.
“Tive alunos que estavam se perdendo no mundo das drogas e hoje, graças ao esporte, se tornaram pessoas melhores. Um deles é advogado e outro se tornou sargento do Corpo de Bombeiros”, comemora mestre Paulão, explicando que o objetivo é repetir o sucesso de seu trabalho na E.M. Ary Schiavo.
Seguindo a proposta da diretora Leila, que é dar fim à indisciplina dos alunos, o lutador garante que as artes marciais são a melhor forma de resolver este problema. “Realizamos campeonatos internos para que os jovens possam extravasar. Com o tempo, eles percebem que as atividades são apenas esportes, não uma arma para ser utilizada em uma briga de escola ou na rua. A nossa luta é no tatame”, finaliza o mestre.

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