Homem é preso pela morte de menino de três anos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
O pai de santo Alan da Silva Souza Santos, de 24 anos, foi preso em seu terreiro Fotos: Ivan Teixeira
O pai de santo Alan da Silva Souza Santos, de 24 anos, foi preso em seu terreiro
Fotos: Ivan Teixeira

Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, na madrugada de ontem, o homem acusado de assassinar uma criança de três anos na tarde de domingo, em Duque de Caxias. Alan da Silva Souza dos Santos, 24 anos, tomava conta de Caio Silva e seu irmão gêmeo a pedido da mãe dos meninos, a garçonete Aline Silva de Moura, de 29 anos, que estava no trabalho. Ele levou o garoto até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Sarapuí, onde Caio deu entrada com uma lesão no tórax. Após ser informado pelos médicos sobre a morte da criança, Alan tentou fugir, levantando suspeitas. Ele foi preso em casa e indicado por homicídio qualificado, em chance de defesa para a vítima. Se condenado, Alan pode pegar até 30 anos de prisão.
De acordo com o delegado titular da DHBF, Fabio Cardoso, pouco depois das 18h, Alan chegou a UPA de Sarapuí de carro com as duas crianças em busca de socorro para Caio. Ele ficou no veículo e pediu que o vizinho, a quem tinha pedido ajuda, entrasse com a criança, enquanto aguardava com o irmão dele no carro. Ao atender o menino, os médicos da unidade desconfiaram do caso e acionaram os seguranças. Ao saber da morte de Caio, Alan abandonou o irmão gêmeo dele e fugiu no carro. Agentes da especializada foram chamados e que conseguiram prende-lo próximo de casa.
“Fomos contatados para ir até a UPA, pois havia uma criança com sinais de agressão. Lá encontramos o vizinho contando que o Alan havia pedido para ele levar o Caio para UPA. Quando foi constatado que a criança havia morrido, Alan teria fugido. A causa da morte foi o rompimento de vários órgãos na região do tórax. Ele foi autuado em flagrante, apesar de negar o crime”, informou o delegado.
Os agentes ainda não sabem como ocorreu a agressão. A suspeita é que a criança tenha sido atingida no peito por algum objeto dilacerante. O delegado assistente da DHBF, Evaristo Pontes, revelou que o laudo médico aponta que Caio morreu em decorrência de uma forte lesão no tórax, que culminou em uma hemorragia interna.

Acusado chegou a morar na casa da vítima

Segundo a mãe de Caio, Aline Silva, ela tinha trabalhos a realizar no fim de semana e deixou os gêmeos com Alan, por volta das 13h de sábado. Aline buscaria as crianças na noite de domingo. Ela contou que conhecia Alan há dois anos. “Eu perguntei ao Alan se ele poderia ficar com eles no fim de semana, porque eu trabalharia sábado à noite e domingo de manhã. No sábado, por volta de 16h30, eu liguei para ele e perguntei como estavam as crianças, ele disse que eles estavam bem, brincaram e estavam dormindo. Já no domingo, não consegui mais falar com ele e recebi a notícia de que meu filho tinha sido morto”, contou a mãe.
Ainda de acordo com a garçonete, ela nunca percebeu qualquer tipo de anormalidade na relação entre Alan e as crianças. Ela conta que o acusado chegou a morar em sua casa durante dois meses e nunca agrediu sãs crianças.
“Em um período que eu trabalhei de carteira assinada, ele ficou um mês e pouco com os meus filhos. E em dois dias ele tirou a vida dele? Eu não sei o que houve e estou tentando entender o que passou na cabeça dele para fazer isso. Minha comadre até comentou que ele cuidava muito bem das crianças”, disse. O outro filho de Aline passa bem.

 

Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)
e Ivan Teixeira (ivan.teixeira@jornalhoje.inf.br)

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!