Hospital da Posse pode fechar as portas

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Com nova emergência lotada, Hospital da Posse tem dificuldade para tratar pacientes. Número de atendimentos cresceu 225% nos últimos anos
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Maior emergência da cidade e uma das principais da Baixada Fluminense, o Hospital Geral de Nova Iguaçu, conhecido como Hospital da Posse, corre o risco de fechar. Com custo de aproximadamente R$ 20 milhões mensais, a unidade, que é municipalizada, não tem recebido repasses suficientes do Ministério da Saúde. Em 2002, o governo federal cedeu a administração do hospital para o município, mas agora a atual prefeitura diz que não tem condições de manter a unidade funcionando, caso não receba mais ajuda do governo federal.
O prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa, concedeu entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, e falou sobre a possibilidade do Hospital da Posse ser fechado. Segundo ele o governo federal não está arcando com a parte que deveria ser de sua responsabilidade. O hospital possui 497 leitos e atende cerca de 13 mil pacientes por mês, número 225% maior em relação aos 4 mil atendimentos mensais registrados em 2013.
“O governo federal tem que entrar com 70% do custeio. O governo do estado tem que entrar com 15% e o município com mais 15% e a União não tem feito a parte dela. Esse é o problema. A gente vai devolver à União para que ela toque, como ela toca Bonsucesso, como toda o Servidor. Hoje, o custeio do hospital está em torno de R$ 20 milhões. Eles tinham que fazer um repasse de R$ 14 milhões e hoje só fazem de R$ 6,3 milhões e o restante fica por conta do município e o município não aguenta isso porque é uma região enorme”, completou.
O Ministério da Saúde alega que os recursos federais do SUS destinados ao Hospital da Posse chegam a R$12 milhões por mês, quase o dobro dos R$ 6,3 milhões citados por Lisboa. O diretor do hospital disse que o governo federal não reajusta o repasse há três anos. Segundo ele, neste período, o número de pacientes triplicou.
“A gente tem uma quantidade de verba recebida pelo Ministério da Saúde muito aquém das nossas necessidades. O hospital, inclusive, tem a possibilidade de ser integre ao Ministério, o município não tem como arcar com esta dívida, não tem como arcar com este ônus e fechar. O hospital pode fechar se o município não tem condição e se o Ministério não assumir essa responsabilidade”, disse Lino Ciro Neto, diretor médico do hospital, também em entrevista a TV Globo.
Pacientes poderão ser transferidos
As cirurgias eletivas que deveriam ser feitas na unidade foram suspensas e só são operados os pacientes com casos graves. No estoque de insumos, onde ficam os materiais como luvas, gazes e outros produtos indispensáveis para o dia a dia de um hospital, as prateleiras estão quase vazias. Segundo a direção do hospital, a farmácia tem apenas 60% do estoque de remédios.
Caso o fechamento do Hospital da Posse seja concretizado os pacientes que lá estão entrarão na fila de regulação do estado para serem transferidos para outras unidades.
“Através da regulação do estado, se for o caso da União não querer manter aberto o Hospital da Posse, a gente faz a transferência para outros hospitais do Rio de Janeiro. Se não conseguirmos resolver esse problema do financiamento, a União vai ter que assumir a responsabilidade que é dela”, disse Rogerio Lisboa.

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