
Foto: Ivan Teixeira
A alegria e diversão devem ser garantidas para a garotada diariamente, mas em 12 de outubro, data do calendário nacional que celebra o Dia das Crianças e muito esperada pelo setor varejista, as brincadeiras e mimos são ressaltados. Entretanto este ano, os brasileiros estão planejando gastar menos com os presentes por causa dos efeitos da crise econômica. A afirmativa é resultado do levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em capitais do país. Em Nova Iguaçu, as famílias iguaçuanas também pretendem reduzir esses custos com a criançada.
De acordo com os dados levantados, a expectativa média de gastos é de R$ 160, 43% a menos que em 2014. Endividamento é a principal razão para a diminuição. Mas ainda que a crise econômica impacte na desaceleração das vendas desse ano, os presentes das crianças não irão faltar. Mesmo que pretendam gastar menos, a maioria dos entrevistados (total de 602) garante que vai comprar algum presente para seus filhos (57,2%), sobrinhos (22,4%) e/ou netos (17,4%).

Foto: Ivan Teixeira
O subgerente da loja Prolar do Calçadão de Nova Iguaçu, Rodolfo Jorge, de 40 anos afirmou que está no estabelecimento há mais de 10 anos e nunca tinha visto na época um movimento tão fraco. “Acho que as pessoas estão com receio de gastar. Para chamar a atenção dos consumidores apostamos na venda com pagamento no cartão de crédito e aumento de parcelas, para até dez vezes”, disse.
Além do acréscimo de prestações, outra opção encontrada são brinquedos e peças do vestuário infantil mais baratos. A professora e moradora do Caonze Scheila Cristina, de 37 anos, afirmou que este ano o filho Bernardo, de três anos, ganhará menos presentes. “Estou desempregada há quase um ano, e assim fica difícil comprar as coisas que meu filho quer. O jeito é parcelar no cartão e comprar brinquedos mais em conta” garantiu. Sheila, que estava acompanhada da mãe, a aposentada Maria Lucia, de 66 anos, resolveu levar uma bola de futebol e um quebra cabeça, que custaram cerca de R$ 80. O valor do presente que o filho queria era o dobro.
Residente em Miguel Couto, o cozinheiro José Carlos, de 40 anos, também preferiu o cartão de crédito. “Ano passado comprei presentes para o meu filho Miguel, de três anos, e sobrinhos no dinheiro, mas este ano vou ter que usar o cartão de crédito e além de parcelar ao máximo comprar apenas lembranças no lugar de presentes”, alegou José Carlos.