Madureira e Oswaldo Cruz em festa: Portela Campeã do Carnaval 2017

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
A escola de Oswaldo Cruz e Madureira ficou à frente da Mocidade por um décimo e se sagrou campeã do Carnaval
Fotos: Fernando Grilli / RioTur

O jejum de 33 anos da Azul e Branco terminou ontem. A Portela é a grande campeã do Carnaval 2017. A escola de Oswaldo Cruz e Madureira ficou à frente da Mocidade, Salgueiro, Mangueira, Grande Rio e Beija-Flor (respectivamente), em uma apuração acirrada.  A Mocidade tem cinco títulos e a Portela 21. “Todas as escolas precisam da vitória da Portela. São muito melhores com a Portela forte. Mais importante do que a vitória da Portela é levantar a bandeira do samba”, afirmou o presidente da agremiação. A escola venceu a disputa por apenas um décimo.
O enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”, do carnavalesco Paulo Barros, foi inspirado na canção “Foi um rio que passou em minha vida”, de Paulinho da Viola e recebeu nota 10. A Portela mostrou na Avenida os rios de água doce do mundo e como vivem as populações ribeirinhas. A escola de Oswaldo Cruz e Madureira entrou com 31 alas e seis carros. Em 2016, a Portela terminou o Carnaval na terceira colocação.
A Portela emocionou a Avenida com um protesto contra a tragédia que abalou a cidade de Mariana e o distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, em 2016. A escola reservou uma ala para a manifestação. Desde de 2003 sem voltar para o desfile das campeãs, a Mocidade comemorou cada nota na apuração do Grupo Especial nesta quarta-feira. A Mocidade entrou na Sapucaí cantando o enredo “As mil e uma noites de uma Mocidade pra lá de Marrakesh”, que promovia um encontro entre Marrocos e o Brasil. A agremiação de Padre Miguel voltou a fazer uma apresentação de destaque, depois de anos em que flertou com o rebaixamento para a Série A.

Após a apuração, a quadra da escola ficou lotada e a festa varou a madrugada
Fotos: Daniel Castelo Branco / O DIA

Baluarte da Velha Guarda da Portela, Tia Surica comemorou com muitas lágrimas de alegria o fim do jejum de títulos da Azul e Branco de Madureira.
Para ela, inclusive, esse jejum era maior que o oficial, de 33 anos. “Eu tô em jejum desde 1970!”, disse ela, referindo-se à última ocasião em que a escola venceu o campeonato sozinha, em 1970.
Entre o choro e o riso, Tia Surica explicou de forma resumida como pretende comemorar o título do Grupo Especial. “Eu tô chorando de alegria! E vou tomar todas!”, garantiu.
Surica também destacou que a próxima feijoada na quadra da escola, marcada para o dia 11, terá um sabor especial. “Aí é que a gente vai dobrar a [quantidade de] feijoada, porque vai ser a da vitória. Deus também é portelense”, afirmou.
Minutos depois do resultado na Sapucaí, a quadra da Portela ficou lotada e torcedores cantavam: “O campeão voltou!”.
Nenhuma escola de samba foi rebaixada
Nenhuma escola do Grupo Especial foi rebaixada para a Série A no carnaval desse ano no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) após uma reunião de emergência na tarde de ontem.
O que teria motivado a decisão foram os acidentes envolvendo os carros da Paraíso do Tuiuti e da Unidos da Tijuca, que deixaram pelo menos 35 pessoas feridas nos desfiles do Grupo Especial entre a noite de domingo (26) e a madrugada de terça-feira (28) de carnaval.
“Acho que foi a decisão mais sensata. Como você vai julgar uma escola em vários quesitos assim? Primeiro vem a vida”, enfatizou Leandro Machado, diretor de carnaval da Paraíso do Tuiuti.
Foi um consenso. Entendo que é justo pelo que o carnaval do Rio representa. Acho que as escolas tiveram um entendimento de que não ocorreria uma penalização”, afirmou Ricardo Abrãao, presidente da Beija-Flor.
A decisão teria ocorrido em consenso com todos os presidentes das agremiações. Em função disso, no carnaval de 2018 o Grupo Especial terá 13 escolas desfilando, das quais duas serão rebaixadas para a Série A do carnaval. Uma escola da Série A sobe para o Grupo Especial este ano.
O presidente da Mocidade disse que a escola acatou, mas que o presidente é contrário a decisão. “A minha opinião é contra. Eu fiz um carnaval para brigar. Com essa decisão, lógico que não queria que isso acontecesse. Mas acho injusto”, criticou Waldyr Trindade.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!