
A polícia investiga o sequestro de Marcos Paulo Almeida, 23 anos, visto pela última vez no domingo (3), em São João de Meriti. Desde então, a mãe do rapaz, Nilcéia Almeida, têm recebido mensagens pela internet com informações sobre o suposto paradeiro de seu filho. Algumas delas dão conta de que Marcos Paulo estaria em um cativeiro na comunidade do Chapadão, em Costa Barros, no subúrbio do Rio de Janeiro.
O sumiço do rapaz foi registrado na 39ª DP (Pavuna). Ao transmitir aos responsáveis pela investigação as mensagens que recebeu, Nilcéia foi informada que o caso será transferido para a 64ª DP (São João de Meriti), área onde Marcos Paulo desapareceu. De mãos atadas, a mãe aguarda a resolução do caso e é confortada por amigos que possui no Chapadão e que garantem que nenhum homem foi morto na localidade nos últimos dias.
“O problema é esse jogo de empurra-empurra. Enquanto isso nós recebemos informações onde ele pode estar, mas não recebemos ajuda da polícia para fazer o resgate”, desabafou a mãe, após tentar ser atendida novamente na delegacia de Meriti.
Na unidade, um amigo de Marcos Paulo disse que estava com ele na Praça de Skate, no Centro de Meriti, por volta das 16h, quando três homens armados obrigaram Marcos Paulo a entrar em um carro, um Gol 4ª geração de cor cinza. A testemunha contou ainda que um dos bandidos disse para ele “não se meter”, pois com ele, não queriam nada.
Familiares afirmam que a vítima nunca teve qualquer tipo de envolvimento com a criminalidade. “O Marcos Paulo é uma pessoa honesta e trabalhava como torneiro mecânico. Ele é casado há cinco anos e tem uma filha de quatro, com quem mora próximo ao local do sequestro”, disse a mãe.
A avó, Odete Almeida, acredita que o que levou ao sequestro dele é o fato dele ter sido criado com pessoas da comunidade da Quitanda e por isso é amigo deles até hoje. Atualmente a Quitanda é dominada por bandidos da facção Amigos Dos amigos (ADA), facção rival a comunidade onde supostamente ele está.