Foram encontrados uniformes, tênis, cadernos e diversos materiais escolares em caixas de papelão
Foto: Carlos Campos
Menos de 24h depois das polícias Civil e Militar estourarem um galpão particular com imensa quantidade de material escolar abandonado, a pedido da Prefeitura de Itaguaí, foi iniciada ontem a quantificação e retirada dos utensílios escolares. A estimativa, feita pela Secretaria de Educação, é que o material tenha custado R$ 10 milhões e foi adquirido nos anos de 2012 e 2013. Por determinação do prefeito Weslei Pereira, todo o material em condições será aproveitado e distribuído aos alunos e professores da rede.
Num galpão de aproximadamente 400 metros quadrados, foram encontrados uniformes escolares, tênis, cadernos com dez matérias, mochilas, material para desenho (compasso, régua, esquadro e lápis) e canetas marca texto. Havia também jogado no local calculadoras, copos, colas e pacotes com folhas. Ontem, a secretária de Educação, Mara Lúcia Soares, efetuou o boletim de ocorrência na 50ª DP (Itaguaí), recebendo do delegado Alexandre Gusman a autorização para ter acesso ao material e a guarda do produto encontrado.
“É inadmissível ter essa quantidade enorme de material escolar abandonado e perecendo. Tudo que estiver em condições será entregue aos alunos e professores, pois são recursos públicos que foram investidos e devem ter a sua destinação garantida”, destaca Weslei, ressaltando que a quantidade de encontrada daria para abastecer a rede escolar municipal, com mais de 20 mil alunos, durante um ano letivo.
Até agora, na contagem inicial feita pela Subsecretaria de Infraestrutura, foram catalogados 21.600 tubos de cola com prazo de validade vencido, 20 mil réguas geométricas, 15 mil esquadros, 2 mil resmas de papel e mais de 3 mil pares de tênis de diferentes tamanhos, bem como uniforme escolar que ainda será quantificado. Além disso, há material que não foi entregue aos professores, como por exemplo, mochila, calculadora, grampeador, estojo (com caneta, borracha, apontador, lápis, entre outros itens), cadernos e folhas A4. Não há prazo para o término do trabalho.
Após inventariar todo material, o que incluiu os itens e a quantidade, um relatório será entregue ao delegado Alexandre Gusman, que remeterá o documento ao juiz responsável pelo caso. O magistrado analisará os fatos e com a sua autorização a Prefeitura entregará o material escolar que estava abandonado.
Mara Lúcia, secretária de Educação, disse que cometeram um crime contra a cidade e espera a apuração dos fatos para responsabilizar os autores pelo ato covarde.