Segundo vizinhos, a mãe da menina depredou o carro que pertencia ao pai de Dayanne Mariano, de apenas 13 anos
Fotos: (Ivan Teixeira/Jornal de Hoje) / (Jackson Madson / Jornal Factual)
Um crime bárbaro chocou os moradores do Parque Afonso, em Belford Roxo. Um agente penitenciário aposentado matou a própria filha de 13 anos com um tiro na cabeça na Rua Despachante Romualdo, na noite de terça-feira. Em seguida, Dário de Oliveira e Silva, de 70, se enforcou. A mãe de Dayanne Mariano de Azevedo e Silva, Luisa Mariano de Azevedo, 43, foi quem encontrou os corpos horas depois. Ela fez aniversário ontem e o ex-amante escolheu a data para cometer o crime. O assassino não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da vítima.
Dayanne era fruto de um caso extraconjugal mantido há mais de 15 anos por Dario, que era casado, e a mãe da menina. “Ele disse que ela não iria comemorar o aniversário dela e que lembraria a vida toda do que ele iria fazer. Ele planejou tudo, foi proposital. A mãe da menina terminou o relacionamento com ele há três meses, que não aceitava. Há dois dias ela esteve na Deam (Delegacia da Mulher) de Belford Roxo para prestar queixa contra ele por ameaças e agressão”, afirmou o delegado Evaristo Pontes, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), especializada que investiga o caso.
De acordo com Pontes, a mãe de Daiane chegou a ser levada para a DHBF para prestar depoimento, mas não tinha condições emocionais. “Ela foi para a delegacia, mas não tinha condições de falar, tinha acabado de encontrar a filha morta”, acrescentou.
Investigadores da DHBF querem saber se Dario morreu somente por conta do enforcamento, já que tinha muito sangue no local, e ele estava pendurado enforcado. Há possibilidade dele ter atirado nele também.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Dario de Oliveira e Silva era inspetor de segurança e administração penitenciária aposentado desde 2014. Ele exerceu a profissão por 34 anos.
O assassinato de Dayanne e o suicídio de Dário — cujo corpo tinha marcas de enforcamento — aconteceu na véspera do aniversário da mãe da jovem. O crime, segundo as investigações, aconteceu por volta das 19h. Cerca de três horas depois, quando a mãe de Dayanne chegou em casa, encontrou os dois mortos. No local do crime foi apreendida uma pistola e dez balas, além de dois projéteis que foram deflagrados.
Após o crime, a mãe da menina apedrejou o veículo de Dário, que estava estacionado em frente ao local do crime. Os vidros do carro e o retrovisor foram quebrados.
A irmã de Dayanne, Débora Azevedo, estava em estado de choque com a morte da menina e se emocionou ao relatar sobre a mãe, que encontrou os corpos na residência de Dário.
“Minha mãe vinha tentando se separar do Dário há três meses, e desde então nossa vida virou um inferno. Ele fazia ameaças e perguntava na terça se minha mãe iria viajar para algum lugar. Na cozinha, minha mãe se deparou com ele enforcado e quando entrou no quarto, se deparou com a filha. Ele tinha um bom relacionamento com minha irmã. A gente tinha medo dele fazer isso comigo e não com a filha dele”, lamentou.
A menina foi sepultada ontem à tarde em Duque de Caxias sob forte comoção.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte da adolescente e publicaram homenagens no Facebook de Dayanne.
“Qnd temos um (a) filho (a) a nossa missão é cuidar dar amor é fazê-lo brilhar em vida como Chega a crueldade de um pai tirar a vida de um filho? Mas amor por favor vamos amar mas o nosso próximo.
Descanse em paz minha princesa a saudade de te vê não vai passar (sic)”, disse uma amiga da jovem.