O município de Mesquita vai se unir na luta pelo preconceito amanhã. A partir das 14h, na Avenida São Paulo, atrás do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, começará a concentração da 9ª Parada da Diversidade de Mesquita. Organizada pela ong Aganim (Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita) e com o apoio da Coordenadoria de Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Assistência Social de Mesquita, o evento tem como tema este ano “A Família Homoafetiva e seu Legal Reconhecimento”. E contará com algumas presenças especiais já confirmadas: o cantor Vinícius D’Black, MC Serginho, o Bonde das Bonecas, a porta-bandeira Selminha Sorriso, a atriz, modelo e ex-mulata do Sargentelli Adele Fátima e a MC Garota X. A cantora mesquitenses Janniny Dama’s também estará na parada, cantando o hino nacional.
“É importante lutarmos para acabar com qualquer tipo de preconceito em Mesquita e isso inclui os sofridos pela população LGBT na cidade. Nada justifica qualquer agressão ou desrespeito a alguém, ainda mais motivada por uma questão de orientação sexual ou identidade de gênero”, defende Cristina Quaresma, a secretária municipal de Assistência Social de Mesquita.
Participantes poderão fazer testes de HIV
Quem for contará com testes rápidos de HIV, promovidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita, e atendimento psicológico e social no caso de resultado positivo. Além disso, serão distribuídos kits com preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e folders explicativos não apenas sobre as infecções sexualmente transmissíveis, mas também sobre tuberculose. A previsão é que o desfile comece às 16h, em direção ao Paço Municipal, destino final dos participantes.
“Acho que hoje a população está mais aberta para discutir temas ligados às questões LGBTs. Mas é importante lembrar que não se trata de quebrar preconceitos apenas contra homossexuais ou transexuais. Quando você defende os direitos de um grupo, está também contribuindo para os dos outros sejam respeitados”, avalia Neno Ferreira, presidente da Aganim.
Para Paulinha Única, a coordenadora de Diversidade Sexual de Mesquita, é fundamental aproveitar este tipo de evento para intensificar o debate sobre as infecções sexualmente transmissíveis. “Não vemos as novas gerações com a mesma preocupação que se via antes. E hoje não há mais grupo de risco para vírus HIV, por exemplo. Estamos todos expostos”, alerta.