Moradores de rua recebem cuidados em Nova Iguaçu 

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Agentes abordam pessoas em situação de rua e oferecem serviços que visam o resgate da cidadania Foto: Thiago Loureiro
Agentes abordam pessoas em situação de rua e oferecem serviços que visam o resgate da cidadania
Foto: Thiago Loureiro

Agentes das Secretarias de Assistência Social, Saúde, Ordem Pública, Emlurb e o 20º BPM (Mesquita), abordaram ontem 14 pessoas que usavam trechos da Via Light, principal artéria de Nova Iguaçu, como abrigo. As abordagens fazem parte de uma série de operações com foco direto nos moradores de rua, e têm como objetivo resgatar a cidadania desta parcela da população. Somente este ano, a Secretaria de Assistência Social já realizou 5.304 atendimentos no Centro de Referência Especializada, o Centro PoP, onde as pessoas passam por triagem antes do processo de tratamento e inclusão.
Além da Via Light, as Praças Públicas Santos Dumont e Liberdade, a rodoviária, além de lajes de prédios e lojas das ruas Mário Guimarães, Getúlio Vargas e Humberto Gentil Barone são os locais mais visados por morador de rua em Nova Iguaçu.
A secretária municipal de Assistência Social, Cristina Quaresma, explicou que a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional irregular.
“Essas pessoas são compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente”, observou a secretária. Ela lembrou ainda que entre os principais fatores que podem levar uma pessoa a ir morar na rua estão a ausência de vínculo familiar, perda de ente querido, da autoestima, o desemprego, uso de bebida alcoólica e drogas e doenças mentais.

Tratamento e cidadania

Coordenadora do Centro Pop, Jaqueline Pedro do Carmo informou que em média 442 pessoas são acolhidas mensalmente na Secretaria de Assistência Social, na Rua República Árabe da Síria, 136. Dependendo de cada situação, elas são encaminhadas pelo Consultório de Rua, da Secretaria de Saúde, ao centro de recuperação e abrigo Porta Estreita, no bairro Geneciano, onde podem fazer higiene pessoal, receber tratamento médico e alimentação, entre outros cuidados.
“Mas, é preciso que essas pessoas aceitem o tratamento”, ponderou Jaqueline.
Já no Centro Pop, o funcionamento é de 9h às 17h, diariamente. “Aqui, fazemos o trabalho de resgate da cidadania dessas pessoas. Elas lavam suas roupas, tomam banho e café e são encaminhadas para tirar documentos pessoais, como Carteira de Identidade e de Carteira de Trabalho. Podem ainda se cadastrar para os Programas Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, do Governo Federal, que distribui um benefício mensal de R$ 79”, explicou a coordenadora.
Dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostram que 82% da população de rua é composta de pessoas do sexo masculino, 53% delas com idade entre 25 e 44 anos, sendo que 63%  nunca estudaram ou não concluíram o Ensino Fundamental.
Segundo ainda a mesma pequisa, 31,1% da população de rua é formada por pardos, 27,9% por negros, 29,5% brancos, 1,3% indígenas, 1% amarelo oriental e 1,2% de cor não identificada.
“Essas pessoas precisam e muito de respeito e carinho para que possam ser reintegradas ao seio da sociedade”, defende a secretária Cristina Quaresma.

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