
Moradores do bairro Cobrex continuam reclamando da falta de ônibus durante a noite, dos atrasos durante o dia e da proibição de embarque e desembarque de passageiros em combis e vans na localidade.
A região mais desassistida em transportes coletivos urbanos, segundo os reclamantes, é a que compreende toda a extensão da avenida João Carvalho de Moraes, também conhecida como Estrada velha de Santa Rita.
Perdeu emprego pelo atraso
Ficar aguardando ônibus na esquina da rua Amália Bittencourt, próximo à igreja Metodista Wesleyana, é pagar uma grande parte dos pecados aqui na terra mesmo, segundo a moradora Rojane Farias, 44 anos. “Os ônibus demoram uma eternidade para chegar até aqui e, muitas das vezes, demora tanto que a gente perde o horário de trabalho”, lamenta. “Na semana passada esperei mais de 1 hora pelo ônibus que faz a linha Nova Iguaçu-Cobrex e, por causa disso, cheguei atrasada duas vezes seguidas ao trabalho e fui dispensada na primeira semana de emprego”, emendou Maria da Conceição, 52 anos, que tinha um emprego fixo como faxineira em uma loja no centro de Nova Iguaçu.
Falta de ônibus na linha
As reclamações são as mesmas para quem mora no bairro Tres Corações, divisa com o Cobrex, onde o ônibus faz o ponto final. Lúcia helena Batista, 24 anos, conta que a linha pela Estrada de Adrianópolis tem mais veículos”, comenta. “Mas para andar desta Estrada até onde moro, na divisa com o Cobrex, é uma caminhada longa e não vale à pena. A sentença é sofrer na linha do Cobrex, que demora uma eternidade”, reclama. Segundo ela, motoristas dizem que só tem dois e, quando muito, três ônibus na linha. Se faltar em qualquer outro trajeto da empresa, a primeira opção dos despachantes é retirar um da linha deste bairro para servir outro itinerário”, escracha a moradora.
Abaixo-assinado ao prefeito
Um dos moradores mais antigos da localidade, Diomar Pacheco, segundo moradores, é que tem “linha direta com o prefeito Rogério Lisboa”, e atende aos pedidos dos moradores da região. “Buracos, iluminação pública, coleta de entulhos e muitas outras coisas, os moradores daqui pedem providências a ele”, ressalta Maria Luzia Mendes, 40. “Aqui havia uma grande lixeira na Estrada Velha de Santa Rita, o pessoal pediu a ele e em uma semana estava tudo limpinho. Pena que o povo joga lixo e entulho novamente no mesmo local”, lamenta. Luzia, como é chamada, faz parte de um grupo que pretende fazer abaixo assinado à prefeitura, medindo melhoras nos horários das linhas de ônibus a acesso ao transporte alternativo no bairro.
por Davi de Castro
davi.castro@jornalhoje.inf.br