
A polícia prendeu o motorista Alexandro da Silva Feitosa, 31 anos, responsável pelo acidente de trânsito entre a van que dirigia e um carro de passeio que matou duas pessoas no início da noite de terça-feira (12), no Bairro da Luz, em Nova Iguaçu. Na ocasião, além das vítimas fatais, 17 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse.
Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e identificados como Júlio César Soares Ferreira, de 22 anos, e Pedro Henrique Nepomuceno da Silva, de 31. Júlio César era morador do bairro Cabuçu e trabalhava em uma sorveteria no Centro de Nova Iguaçu. Ele era casado havia três anos e não tinha filhos. Seu corpo foi enterrado às 16h de ontem, no Cemitério de Marapicu, em Nova Iguaçu.
Pedro Henrique morava no bairro Aliança, também em Nova Iguaçu, e trabalhava em uma ótica do município. Ele era casado e recentemente havia perdido um de seus dois filhos. Até o fechamento desta edição, seu corpo ainda não havia sido liberado pelo IML e a família não havia informado onde será o local do sepultamento.
Das 17 vítimas levadas para o Hospital da Posse, somente três permanecem internadas. São elas Evandro Pinheiro Fernandes, 40 anos, com traumatismo craniano, Maria das Graças da Silva, 56, com fratura na mão e quadro de saúde estável, e Nair Pereira Campos, 81, que chegou à unidade com o fêmur fraturado e também tem seu quadro estabilizado.
Acidente ocorreu durante fuga de blitz

Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
A colisão entre a van (LKY 2538) – que fazia a linha Cabuçu x Nova Iguaçu, da cooperativa Prados Verdes – e o Palio de cor prata (LPA 0541) ocorreu por volta das 19h de terça-feira quando Alexandro da Silva Feitosa teria tentado escapar de uma suposta blitz da Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Nova Iguaçu. Segundo testemunhas, a van vinha em alta velocidade pela Rua Tertuliano Pimenta quando cruzou a Via Light, atingiu um automóvel e derrubou um poste antes de capotar.
Logo após o acidente o próprio motorista admitiu que transportava número de passageiros acima da capacidade. Eram 18, quando a ocupação máxima era de 12 pessoas. No entanto, Alexandro nega que estivesse em alta velocidade. “Estava a 60 km/h. O tacógrafo vai mostrar isso”, afirmou.
Em nota, a secretaria de Transporte afirma que não havia blitz no local onde ocorreu o acidente e informa que irá abrir um processo administrativo para averiguar as reais condições em que o motorista Alexandro trabalhava, já que o mesmo admite que estava circulando com o veículo superlotado. Se for constatada a irregularidade, ele poderá ter o direito de dirigir a van de transporte alternativo cassado.
O caso foi registrado na 52ª DP (Nova Iguaçu).
por Raphael Bittencourt (raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br)