MP ajuíza ação por improbidade contra o ex-prefeito de Mesquita

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Gelsinho Guerreiro chorou quando a justiça indeferiu sua candidatura em 2018. E, segundo MPE, ele fez uso da máquina pública para imprimir sua marca na cidade
(Mazé Mixo/ Agência O Globo)

O Ministério Público do Estado (MP) ajuizou uma ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Mesquita, Rogelson Sanches Fontoura, que teria usado a máquina pública para imprimir a marca de sua administração através de slogan, cores e símbolos, pessoalizando as ações e rotulando toda a cidade, com intuito de concorrer à reeleição.
Segundo a ação, Rogelson utilizou o espaço público municipal com interesse pessoal, implantando no município estacas em formatos de lápis, nas cores verde e amarela, que remetiam ao seu partido PRB e ao slogan “Cidade Limpa Com Educação”, ignorando até mesmo os riscos que tais objetos ofereciam à população.
Rogelson tornou-se inelegível por oito anos e teve, junto com o candidato a vice, Evandro José, o registro de candidatura cassado. Ambos foram condenados a multa de R$ 100 mil.
“Não restam dúvidas de que tal postura de implementação de uma marca de administração, com fixação de símbolos pessoais, caracteriza violação aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa”, destaca trecho da ACP (O Dia).

Mais de GG
Rogelson Fontoura, ou Gelsinho Guerreiro, também conhecido como GG, acumulou um rosário de problemas durante a sua gestão como prefeito de Mesquita. Ele deixou o governo em 2014 com uma dívida de quase R$ 150 milhões, salário do funcionalismo atrasado há três meses, além de muito lixo acumulado na cidade por falta de coleta regular.
No período eleitoral, GG teve problemas com a fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), quando a equipe flagrou um grupo de pessoas trabalhando em um galpão da cidade para a campanha eleitoral de sua mulher, Daniela Guerreiro, que foi eleita deputada estadual. Gelsinho perdeu a reeleição para o empresário Jorge Miranda, atual prefeito, estreante da política – cuja gestão, atualmente, goza de grande aceitação popular.
Daniele acabou inelegível para as eleições de 2018, assim como o seu marido, GG, que sonhava e ser deputado estadual. Impossibilitados, Gelsinho lançou seu filho Daniel, amargando mais uma derrota. A dinastia política de Gelsinho, que ganhava a vida como motorista de ônibus pirata, durou um mandato de vereador e outro de prefeito. “Dele (GG), na política, não restam as cinzas”, comemora Adelice Maria da Cunha, 58 anos, moradora da Vila Emil.

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