
Foto: Thiago Loureiro
A Paralimpíada do Rio de Janeiro tem demonstrado aos brasileiros que a deficiência é apenas uma dificuldade enfrentada por seus portadores, nunca um obstáculo intransponível. A partir de hoje, crianças e jovens de Nova Iguaçu, que enfrentam estas mesmas barreiras encaradas pelos paratletas vão ter a oportunidade de mostrar que é possível superar qualquer adversidade para vencer.
A Prefeitura inaugura hoje, no Centro Olímpico, ao meio-dia, a quadra poliesportiva coberta para futebol de cegos, goalball e outras modalidades. A Fundação Cruyff investiu R$ 500 mil e a quadra foi o legado deixado pela Olimpíada realizada no Rio de Janeiro. A solenidade contará com a presença da ministra de Esporte da Holanda, Edith Schippers, do secretário de Esporte e Lazer, Adriano Santos, além da filha do ex-craque holandês, Johan Cruyff, Susila Cruyff. O grupo de capoeira da Vila Olímpica, comandado pelo mestre Chumbinho, fará uma apresentação.
O secretário de Esporte e Lazer de Nova Iguaçu, Adriano Santos, explicou que a previsão é que as atividades comecem em outubro na quadra poliesportiva, com um projeto de iniciação ao handebol, esporte em que Nova Iguaçu tem tradição. “Pretendemos fazer uma gestão compartilhada com a Confederação Brasileira de Handebol. Acredito que teremos cerca de mil atletas e paratletas inscritos. Quero destacar que as atividades paraolímpicas serão comandadas pela Urece (Associação de Esporte e Cultura para Cegos)”, frisou Adriano, destacando que a quadra de Nova Iguaçu, que mede 40 metros de comprimento e 20 de largura, é a segunda construída pela Fundação Cruyff. A primeira foi em São Paulo.
Durante visita em Nova Iguaçu, o presidente da Urece, Anderson Dias da Fonseca, destacou que não encontrou obstáculo por parte da Prefeitura para ceder o espaço para a construção da quadra, agilizando assim todo o processo. “O local onde a quadra esportiva será construída é de fácil acesso. Agora, as pessoas com deficiência terão mais uma referência em Nova Iguaçu e na Baixada Fluminense, pois esporte e cidadania caminham juntos. Tudo que sou devo ao esporte”, concluiu Anderson, que é formado e pós-graduado em fisioterapia, além de ser campeão paralímpico, tricampeão mundial e tricampeão sul-americano de futebol para cegos.
O Centro Olímpico de Nova Iguaçu fica na Avenida Roberto Silveira, S/N, ao lado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.