Afetada pela crise econômica do Governo Federal, que atingiu também todas as prefeituras do País, a cidade de Nova Iguaçu não vai realizar o tradicional desfile de blocos e escolas de samba no Carnaval de 2016.
A medida foi anunciada na terça-feira (3) pelo secretário municipal de Cultura, Wagner D’Almeira, aos dirigentes de 18 agremiações carnavalescas da cidade, depois de uma análise minuciosa da situação financeira da prefeitura, que ainda não pagou a primeira parcela do 13º salário.
D’Almeida explicou que o governo municipal não terá condições de arcar com a subvenção de blocos e escolas, que deveria ser pago entre dezembro e janeiro, bem como a estrutura, com montagem de arquibancadas, decoração e iluminação da passarela dos desfiles na Via Light, avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão.
“A decisão foi tomada pela Comissão de Carnaval em comum acordo com os dirigentes de agremiações, que entenderam a situação difícil que vem sendo enfrentada pelo governo municipal. O prefeito Bornier está cortando gastos na própria carne, inclusive com redução de salários e uma série de medidas de contenção de despesa”, explicou o secretário de Cultura.
Economia de R$ 5 milhões
Em agosto, o prefeito Nelson Bornier enviou mensagem à Câmara de Vereadores determinando a redução de salários de cargos comissionados entre R$ 15% e 30%, economia com gastos de combustível, luz e telefone, renegociação dos valores de aluguéis de imóveis locados pela municipalidade, o fim da cessão de funcionários e corte linear de 10% nos contratos de prestação de serviços.
O corte de salários resultou na redução de cerca de 18,5% na folha de pagamento. A meta do governo municipal é fazer uma economia mensal da ordem de R$ 5 milhões para o Tesouro Municipal, que vem perdendo recursos com o contingenciamento (redução) dos repasses estaduais e federais.
“O prefeito Bornier sabe perfeitamente da importância cultural do Carnaval. Mas ele tem responsabilidade maior com o destino da cidade, sobretudo como a população de Nova Iguaçu, que precisa ser atendida em suas necessidades básicas”, resumiu o secretário Wagner D’Almeida.
