Onda de boatos de bloqueios em batalhões da PM gera pânico no Rio e Baixada

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O portão do batalhão do 21ºBPM teria sido arrancado e familiares de PMs do 39ºBPM estariam se organizando
Fotos: Divulgação / WhatsApp

A onda de boatos de possíveis bloqueios em batalhões da Polícia Militar está deixando moradores da Baixada Fluminense e do Rio apreensivos e preocupados. O pânico aumentou após inúmeras publicações em redes sociais e grupos de WhatsApp. O temor é que aconteça no Rio o mesmo que ocorre no Espírito Santo, onde familiares de policiais impediram a saída deles das unidades, deixando a cidade, que era apontada como modelo de segurança pública no país, sem nenhum PM nas ruas. Enquanto isso, a região está nas mãos de bandidos, que já mataram mais de 100 pessoas e saquearam mais de 200 lojas.
Embora a cúpula da Polícia Militar negue, há informações entre os próprios policiais de que familiares estariam planejando os bloqueios nas portas dos batalhões a partir de hoje, já que os militares não podem fazer greve. Nas redes sociais circulam fotos de que o portão do 21ºBPM (São João de Meriti) já foi arrancado e de que uma faixa com os dizeres “Sem salário, sem polícia. Apoio 39ºBPM” já estaria pronto para ser usada hoje nas manifestações.
Os PMs dizem que, além de salários atrasados, eles estão trabalhando em escalas que não permitem descanso suficiente e que não têm o básico para exercer o seu trabalho.
Enquanto a possível paralização não se concretize, moradores da Baixada já falam em mudar a rotina caso a polícia não vá para às ruas. “Se isso se confirmar, nem vou sair para trabalhar. Moro em Nova Iguaçu e trabalho no Centro do Rio, e já morro de medo da violência. Já pensou sem policiamento? Estou apavorada. O pior é que essa boataria nas redes sociais nos deixa ainda mais apreensiva”, desabafou uma moradora do Centro do Rio.
Em Volta Redonda, ontem à tarde, já surgiu a informação de que a porta do batalhão estaria ocupada por familiares de policiais militares, mas o boato foi logo desmentido pelo comandante da unidade. O funcionamento foi normal. A informação inicial era de que o manifesto seria apenas de mulheres de policiais lotados nas Unidades de Policiamento Pacificadora (UPPs).
Ontem, a Polícia Militar divulgou uma nota sobre a possível greve: “A violência é um grave problema da nossa sociedade. Dentro desse contexto, sabemos que o Rio de Janeiro possui peculiaridades na área da Segurança Pública, só encontradas aqui. Nós, policiais militares, atuamos diuturnamente nesse cenário e sabemos agir nos casos extremos. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é a Instituição que garante a “civilidade”, o ir e vir, o trânsito de pessoas. Só nós conhecemos a realidade nua e crua do dia a dia de policiamento. No entanto, é preciso pensar que o impacto da nossa ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie?#ValorizeQuemteProtege “.

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