Dois policiais militares foram presos na manhã de ontem por agentes da 55ª DP (Queimados), durante a “Operação Glória”. A ação contou com o apoio de outras delegacias da Baixada Fluminense. E teve como objetivo coibir o tráfico de drogas no bairro da Glória, em Queimados. Além dos PMs, outros nove suspeitos foram presos.
O subtenente Wilson Lopes de Souza, 35 anos, está há 15 na Polícia Militar e é lotado no Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) O outro PM detido é o terceiro-sargento Márcio Gomes Bezerril. 40 anos, lotado no 24º BPM (Queimados), há 14 anos na corporação. Segundo o delegado assistente da delegacia de Queimados, Moysés Santa Gomes, as investigações começaram há cinco meses. “Os dois PMs são acusados de vender ilegalmente munições ao tráfico”, disse o delegado. Wilson responderá por venda ilegal de munição, quanto Márcio irá responder por corrupção passiva.
De acordo com o delegado, Márcio negociou com um traficante a sua liberação mediante pagamento de R$ 7 mil. “O traficante pagou R$ 2.400 na hora e ficou devendo o resto. O PM cobrava com insistência e fazia ameaças”, contou Moysés.
Ainda segundo ele, os presos traficavam de forma descentralizada, sem obedecer a um comando. “Eles compravam a droga em Acari (na Zona Norte do Rio) e revendiam por um preço mais alto em Queimados. Essa venda era feita através de um disque-drogas, com a ajuda de mototaxistas para efetuar a entrega”, explicou ele.
Os outros nove presos são os mototaxistas André Luiz Marques de Almeida, o “Rato”, de 29 anos, e Flavio Pimentel de Sousa, o “Galo”, de 35; os envolvidos no disque-drogas André Schenkel de Lima, de 37, Jones Pierre Santana de Azevedo, de 36, Deivis Dias Monteiro, o “Lico”, de 39, Jairo Lima da Paz Junior, o “Juninho”, de 27, Wilson Teixeira Campos, Rejane Bastos Caleiros e Pablo Henrique Lima Silva.
Com mais passagens pela polícia, Deivis tem 11 anotações criminais. A última foi em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ainda estão foragidos Tiago Henrique Alves, Robert, William Fernandes Ribeiro, Eduardo Calheiros e Samuel da Silva Couto.
Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)
