Operações para prender 31 milicianos na Baixada e no Rio

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Irmão de Carlinhos Três Pontes, Wellington é um dos alvos da operação Foto: Reprodução

Policiais da Divisão de Homicídios da Capital (DH-Capital) e a Coordenadoria de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (CCC-LD) realizam nesta quinta-feira (23) duas operações policiais, com o objetivo de desbaratar e prender 31 milicianos que atuam na Zona Oeste, na Baixada Fluminense e na região da Costa Verde.

A ação, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, cumpre 31 mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão, obtidos numa investigação policial que apurou crime de organização criminosa praticado pelos integrantes do grupo criminoso miliciano investigado

Os alvos da operação, segundo a polícia, praticaram homicídios, extorsões, roubos, receptações, porte ou posse ilegal de armas de fogo, entre outros crimes.

Segundo as investigações, a milícia é comandada pelo denunciado Wellington da Silva Braga, conhecido como “Didi” ou “Ecko”. Ele assumiu o controle da organização após a morte de seu irmão e antecessor na liderança do grupo, Carlos Alexandre da Silva Braga, o “Carlinhos Três Pontes”, morto em confronto com a polícia em abril deste ano.

De acordo com a denúncia, a atuação da milícia consiste em coagir moradores e comerciantes a pagarem por suposta proteção, controlar a venda de botijões de gás e prestar serviços de TV (“gatonet”) a cabo e de internet (“gatovelox”) de forma ilegal, praticar roubos de automóveis e receptar veículos roubados e clonados e, ainda, a extorsão de empresas para que pudessem transitar e realizar suas entregas nas áreas dominadas pela organização criminosa.

Ainda de acordo com a denúncia, a milícia também é responsável pela prática de espancamentos, sequestros, torturas e homicídios qualificados, em plena luz do dia e em locais de grande aglomeração de pessoas. Segundo o MPRJ, as vítimas da violência seriam pessoas que eventualmente teriam se recusado a se submeter às “regras” impostas pela organização criminosa ou que pudessem levar ao conhecimento das autoridades os crimes praticados pelos integrantes do grupo.

As equipes também querem esclarecer as circunstâncias em que são utilizadas empresas de terraplanagem para dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido ilicitamente em diversos crimes praticados pela milícia daquela região, a partir da emissão de notas fiscais frias, relativas a serviços não prestados.

Ainda de acordo com a polícia, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) identificou diversas operações suspeitas realizadas pelos investigados, permitindo, assim, as quebras dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e o bloqueio judicial cautelar das contas, dos veículos, dos bens imóveis e das quotas nas sociedades empresariais dos envolvidos.

As operações estão sendo realizadas com apoio de policiais de várias delegacias especializadas e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), inclusive com a utilização dos helicópteros da Polícia Civil.

 

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