
Uma parceria entre diversas empresas e a Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis de Japeri (COOPERJAPERI), tem colaborado de maneira significativa com o sucesso do trabalho dos agentes de reciclagem do município. Elas têm fornecido diferentes tipos de materiais, como papelão, papel, plástico e ferro, aumentando consideravelmente a quantidade de produtos recicláveis recolhidos pela cooperativa e, consequentemente, a renda dos trabalhadores. A COOPERJAPERI tem o apoio da Prefeitura de Japeri, através da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Em janeiro, por exemplo, foram recolhidas 5,4 toneladas de materiais recicláveis. Já em agosto, este quantitativo subiu para 14,3 toneladas. A expectativa é de que os números subam ainda mais a partir de agora. Na terça-feira (4), a COOPERJAPERI recebeu cerca de quatro toneladas de papel da empresa Premium Flex Papéis e Resinas, nova colaboradora da cooperativa. O acordo prevê a doação desta mesma quantidade de material a cada dez dias, totalizando aproximadamente 12 toneladas ao mês.
A média de material reciclável recebido pela COPERJAPERI entre os meses de maio e agosto foi de 12,7 toneladas. Somando este quantitativo às 12 toneladas que virão da Premium Flex Papéis e Resinas, os agentes de reciclagem deverão dobrar a quantidade de material recolhido, elevando também a renda da cooperativa.
Não é possível falar um valor preciso de quanto cada agente irá receber, pois os materiais recicláveis sofrem alteração de valor, de acordo com o momento do mercado. Em julho, por exemplo, foram recolhidos 10,8 toneladas de material e um lucro de R$ 8.343,60. Já em agosto foram coletadas 14,3 toneladas (3,5 a menos que no mês anterior), mas que renderam R$ 5.764,40.
“Isso depende muito do tipo de material recolhido. Mas certamente o apoio desta nova empresa parceira irá colaborar para que cada funcionário da COOPERJAPERI consiga receber todos os meses um valor maior que o atual salário mínimo, que é de R$ 880,00”, explica o secretário do Ambiente, José Arnaldo.
O mês e julho foi o de maior lucro para a cooperativa: R$ 8.343,60. O valor foi dividido igualmente entre os 11 agentes recicladores, o que rendeu R$ 758,50. Com o apoio das empresas a renda deverá superar o salário mínimo. Este fator tem estimulado os funcionários a se dedicarem cada vez mais ao trabalho da coleta seletiva.
“Um dos agentes trabalhava como vigia no Rio de Janeiro e recebia um salário. Ele optou por deixar o emprego lá e focar na cooperativa, pois percebeu que aqui ele pode obter uma renda maior para sustentar sua família”, revela o secretário.