O Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, uma das maiores reservas ecológicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, permanece fechado indefinidamente devido à grave situação de insegurança na área. A decisão de suspender as atividades foi anunciada pela própria administração do parque sem dar maiores detalhes.
Localizado no Maciço do Mendanha, o parque ocupa uma área de 1.100 hectares de Mata Atlântica preservada, oferecendo trilhas, cachoeiras, mirantes e uma biodiversidade que atrai visitantes de toda a região. Reconhecido como polo de ecoturismo e educação ambiental, o local vinha sendo cada vez mais evitado pela população devido ao aumento da criminalidade e à ausência de medidas concretas de segurança.
Moradores relatam que a circulação de indivíduos fortemente armados se tornou frequente, especialmente nas trilhas e no entorno do parque. Denúncias apontam também para a comercialização e o consumo de drogas nas vias de acesso, além do acúmulo de lixo e sinais de abandono.
A situação não é inédita. O fechamento do parque já ocorreu em outras ocasiões por motivos semelhantes, revelando a continuidade de um problema estrutural ignorado pelo poder público. Apesar da gravidade do cenário e da recorrência das denúncias, até o momento a Prefeitura de Nova Iguaçu não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Entidades da sociedade civil, como a ComCausa, vêm cobrando respostas e soluções estruturantes. As demandas incluem a retomada do controle público da área, ações interinstitucionais de segurança e políticas de revitalização ambiental e turística. Enquanto isso, a população continua privada de um de seus principais espaços de convivência com a natureza, em mais um retrato do abandono das periferias fluminenses.