
Os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares e os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, todos lotados do 20º BPM (Mesquita) e presos desde julho de 2011, pela morte do menino Juan Moraes, em junho daquele ano, serão julgados novamente. Desta vez os policiais militares foram enquadrados por homicídio duplamente qualificados e irão responder pelo assassinato de Igor de Souza, na mesma situação que resultou na morte da criança de 11 anos.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve junto ao Tribunal de Justiça (TJRJ) decisão favorável para cassar a absolvição pelo homicídio do jovem de 17 anos, que a defesa tenta classificar como auto de resistência. A Justiça manteve também, a condenação dos réus com relação às demais vítimas, negando recurso dos réus, que pretendiam obter a cassação do julgamento e, depois, a redução da pena de reclusão pela morte de Juan e por duas tentativas de homicídio.
De acordo com a promotoria, ficou claro que os policiais não atiraram em confronto com traficantes, como alegou a defesa, mas que estavam no local para matar, e efetivamente executaram Igor. Apesar de Igor ser, supostamente, traficante, as provas mostram que não houve confronto.
Os disparos de fuzil efetuados pelos PMs na noite de 20 de junho de 2011, na comunidade Danon, também feriram Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, e o irmão de Juan, Wesley Felipe Moraes da Silva, de 14. O menino Juan, que morava com sua família na localidade, desapareceu na mesma noite, logo após o confronto. O corpo do garoto foi encontrado dez dias depois, às margens do Rio Botas, em Belford Roxo.