Davi Boechat

Agentes da Polícia Civil estão sendo orientados a não permitir a fotografia de cenários de homicídios. A medida faz parte do novo protocolo que orienta as práticas do Grupos Especiais de Local de Crime (GELC), um pacote de medidas que padronizam a abordagem dos policiais em ambientes públicos em que estão expostos corpos de pessoas assassinadas.
“Antigamente, para encontrar esse tipo de coisa era necessário comprar um jornal ‘espreme e sai sangue’. Agora, qualquer um tira foto com celular e divulga pelo WhatsApp e redes sociais. O que ninguém considera é que esse tipo de atitude, além de ser desrespeitoso com a família da vítima, prejudica as investigações”, comentou o delegado Fábio Cardoso, diretor da Divisão de Homicídios.
Para combater a viralização das imagens, os policiais alertam transeuntes que acompanham os trabalhos de perícia pedindo que não sejam tiradas fotos. O protocolo do GELC foi implementado após pesquisas realizadas entre policiais com experiência e inclui informações técnicas sobre abordagem aos familiares de vítimas e testemunhas que tenham algo a dizer sobre a ação criminosa.
O GELC é responsável pelas investigações preliminares, que acontecem na cena do crime. Entre os trabalhos realizados está a coleta de impressões digitais, material sanguíneo e imagens de câmeras de segurança.