Policia desarticula quadrilha que explorava água sem tratamento em Caxias

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Caminhões-pipa retiravam a água de dois poços artesianos localizados em um terreno na Rua Tupã, em Xerém
Caminhões-pipa retiravam a água de dois poços artesianos localizados em um terreno na Rua Tupã, em Xerém

Uma quadrilha que extraía água de um rio e de dois poços artesianos ilegais foi presa na manhã de ontem, em Duque de Caxias. Uma operação comandada pela Policia Civil e por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, constatou que o grupo vendia a água como potável, sem passar por qualquer tratamento. Os acusados atuavam em Duque de Caxias, principalmente nos bairros de Saracuruna, Jardim Primavera e Gramacho.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha atuou de meados de 2014 até setembro de 2015, com capacidade de extração de 100 mil litros de água por dia. O produto era distribuído em 18 caminhões-pipa e vendido para moradores, pequenos comerciantes, um supermercado e até um hospital da região. O esquema foi descoberto a partir de uma denúncia recebida pela 62ª DP (Imbariê) por meio do aplicativo WhatsApp.
Na operação batizada de “Hydra”, e que contou com o apoio de 14 delegacias do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), dos 16 membros denunciados pelo Ministério Publico, sete tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, e seis foram presos em casa. Segundo a Polícia Civil, toda a quadrilha responderá pelos crimes de organização criminosa, crime ambiental de extração ilegal de água e venda de água imprópria para o consumo.
As investigações apontam também que três dos envolvidos são donos de empresas de transporte de água potável: Hélio Marcelo dos Santos Ramos, Raul de Souza e Reinaldo Souza Rocha, sendo o último conhecido como o “Rei da água”. Já Luiz Antônio Correia dos Santos e Renan Barbosa da Silva, forneciam caminhões-pipa para a quadrilha, sendo Luiz proprietário de dois veículos e Renan dono quatro caminhões. Nas investigações, Carlos César Ramos Junior e Alexandre Cândido da Silva foram apontados por operar os poços artesianos ilegais no bairro de Xerém. Segundo o delegado titular da 62ª DP (Imbariê), Marcos Gomes, Alexandre está foragido.
Os dois poços artesianos ficavam localizados em um terreno na Rua Tupã, em Xerém. De acordo com a Polícia Civil, a água era bombeada por meio de uma tubulação subterrânea para um tanque localizado no terreno em frente, de propriedade de Alexandre. De acordo com as investigações, caminhões-pipa da organização criminosa estacionavam na rua lateral ao terreno e eram abastecidos. Além dos poços, o grupo bombeava água de um rio para a piscina de um sítio, localizado na Estrada da Soledade, no bairro Taquara, em Duque de Caxias, onde os caminhões também eram abastecidos.

A investigação

Durante a apuração dos investigadores, iniciadas no mês de agosto, os agentes conseguiram filmar e fotografar o bando em atividade. Geralmente o grupo agia na parte da noite, quando extraia a água irregularmente e sem nenhum controle de qualidade de sítios localizados nos bairros de Santa Cruz da Serra, em Imbariê e Cantão, em Xerém.
Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)

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