
O corretor Alex Sandro Barbosa foi ver um anúncio de carro do OLX quando desapareceu Reprodução
Os restos mortais do corretor de seguros Alex Sandro Barbosa, de 46 anos, desaparecido desde junho após ser atraído por um falso anúncio de venda de carro pela internet, foram encontrados nesta terça-feira. A ossada da vítima estava enterrada no alto de um morro na Favela da Mangueira, em Campos Elíseos, em Duque de Caxias.
O local foi informado por Gelson Pinheiro da Cruz, conhecido como Testão, de 25 anos. Ele foi preso na última segunda-feira pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), apontado como integrante de uma quadrilha que praticava sequestros-relâmpago atraindo as vítimas por meio de anúncios falsos de compra e venda de veículos. A especializada contou com apoio da 60ª DP (Campos Elíseos) para desenterrar a ossada.
O cadáver foi levado em uma viatura para o pátio da 66ª DP (Piabetá), que investigava o desaparecimento de Alex Sandro. De acordo com a Polícia Civil, o grupo teria cometido 100 sequestros-relâmpago e seria o responsável pela morte de outra vítima, Armando Martins de Melo Júnior, de 35 anos, no dia 6 de abril. Gelson Pinheiro da Cruz já tinha mandado de prisão em aberto por esse homicídio. No dia 12 de julho, a DHBF e a 66ª DP deflagraram a “Operação Web”. Até ontem, 21 pessoas tinham sido presas.
Alex Sandro saiu de casa, em Magé, para encontrar um vendedor de carros que conheceu através do site OLX. De acordo com as investigações, ele foi sequestrado por volta das 8h e ficou em poder dos criminosos até antes das 11h, quando teve o carro roubado e foi assassinado. Durante o período em que ele ficou em cárcere, os bandidos também fizeram saques em sua conta bancária. A família deu falta do corretor por volta das 14h e a DH não teve tempo de salvar a vítima.
Em julho, dois suspeitos pela morte de Alex Sandro foram presos: Rosildo dos Santos Crisóstomo e Evandro Coelho de Oliveira Pacheco. A polícia chegou a Rosildo porque o cartão de crédito de Alex Sandro foi usado no mesmo dia de seu desaparecimento em Itaguaí. Os investigadores descobriram que quem usou o cartão estava em um Corolla registrado no nome de Rosildo. Após ser interrogado, Rosildo deu os nomes de Evandro, morador de Itaguaí, e Fernando Joaquina de Freitas, de Saracuruna, Caxias, que teriam participado do mesmo crime.