Fotos: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Um policial militar foi encontrado morto na manhã de ontem na comunidade da Lagoinha, em Nova Iguaçu. O PM Bruno Rodrigues, de 32 anos, não conhecia bem a região e esteve no local, na noite de domingo (27), para buscar o irmão em um centro espírita. Ele passava pelo bairro Dom Bosco quando foi abordado pelos criminosos. O policial teria sido retirado de seu carro, amarrado e levado pelos bandidos para a Lagoinha, onde foi torturado e morto.
O corpo de Bruno foi encontrado com marca de tiro. O veículo está desaparecido e pode ter sido queimado pelos criminosos. Segundo o tenente-coronel Roberto Dantas, comandante do 20º BPM (Mesquita), a farda do policial estava no carro, o que pode ter sido crucial para sua execução. A região onde o PM foi executado é dominada pelo tráfico de drogas.
Ainda segundo o comandante, o irmão de Bruno teria o aconselhado a não entrar na comunidade, pois ela é dominada por uma facção, e pediu para que o esperasse em uma rua movimentada, próxima ao local do crime. A vítima teria negado o pedido, pois estava chovendo e não queria deixá-lo pegar chuva.
O corpo do policial militar foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu. Bruno trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Formiga, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Segundo parentes que estiveram no IML, ele ia completar três anos na corporação.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Os agentes que estiveram no local receberam a denúncia de que outro corpo estaria na comunidade Sem Terra, também em Nova Iguaçu. Com apoio do 20º BPM, eles realizaram uma busca no local, mas nada foi encontrado.
Durante operação nas comunidades cortadas pela Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), 14 pessoas foram detidas com drogas e armas. Entre elas, um suspeito de participação no assassinato do PM.
