Uma operação conjunta entre o Serviço de Inteligência da 66ª DP (Piabetá) e 65ª DP (Magé) juntamente com o 34ª BPM (Magé) comandada pelo delegado titular da unidade Piabetá, Dr. Antônio Silvino, resultou na prisão de Mônica Maria de Lima Moreno, de 45 anos. Ela é acusada de estelionato.
Segundo os policiais, Mônica dizia ser delegada da Polícia Federal e que seria futura chefe de uma pretensa delegacia nomeada como “Delegacia Federal de Proteção ao Meio Ambiente”. A unidade, segundo a farsante, seria construída no município de Magé. Ela afirmava às vítimas que em breve seriam abertas as inscrições para concurso público na função de “guarda ambiental” com o salário bruto de sete mil reais por mês.
Ainda segundo a PM, Mônica fazia amizade com as vítimas e lhes oferecia uma vaga ao referido cargo, independente do concurso. Mas para que o falso concurso fosse burlado, ela dizia que era preciso que lhe entregassem a cópia de seus documentos e a quantia de R$ 200, dizendo que o dinheiro seria destinado para a compra de uniforme e apostilas para o curso.
Mônica pedia ainda que as vítimas indicassem outras pessoas para a determinada função, aumentando então, o número de golpes. Ela criou um grupo no WhatsApp, “Guarda Ambiental em Magé”, para os interessados. Segundo as investigações, pelo menos 16 pessoas caíram na armação.
O delegado titular da delegacia de Piabetá Dr. Antônio Silvino contou que a acusada ainda dizia ser “amiga íntima” dele, do delegado da 65ª DP, da comandante do 34ª BPM (Magé) e da promotora de Magé, além de outras figuras públicas da cidade. A criminosa começou a ser monitorada na tarde da última segunda-feira (1º), com conversas no WhatsApp, sendo marcado encontro para o Centro de Piabetá, porém, ela não compareceu, mandando em seu lugar um homem, o qual foi detido. Levado para a delegacia, ele foi identificado como uma das vítimas de Mônica.
O tal homem conseguiu marcar um encontro com a acusada na manhã de terça-feira (2), na Praça de Magé, local onde a farsante foi detida. Ela estava na companhia de um sobrinho e do marido, também vítimas do golpe, de acordo com a polícia. O marido relatou que a conheceu em um site de relacionamentos há cerca de oito meses.
Na manhã de quarta-feira (3), foram arrecadadas diversas cópias de documentos de vítimas na casa da criminosa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Neste dia foi expedido pela Vara Criminal de Magé o pedido de sua prisão preventiva. Ela foi detida e levada para a sede da 66ª DP (Piabetá). Agora, Mônica ficará à disposição da Justiça.
